Jornal Estado de Minas

Mulher é presa suspeita de matar o filho de um ano e nove meses em BH

Segundo a Polícia Civil, a mulher cometeu o crime por estar com raiva do pai da criança que parou de pagar pensão alimentícia. A suspeita nega o assassinato

João Henrique do Vale
Em depoimento, a mulher se mostrou uma pessoa fria e não derramou uma lágrima - Foto: TV Alterosa/Reprodução

A briga entre mãe e pai por causa do pagamento de pensão pode ter motivado um crime bárbaro em Belo HorizonteUma jovem de 20 anos foi presa suspeita de matar o próprio filho de 1 anos e 9 meses nesse domingoO garoto chegou a ser levado para o Hospital Risoleta Neves, em Venda Nova, mas morreu ao dar entrada na unidade de saúdeO bebê teve o fígado destruído com uma pancada no abdômen Deyse Amâncio dos Reis foi apresentada na tarde desta terça-feira no Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP) e negou o crime

O assassinato começou a ser investigado na segunda-feira depois que o corpo da criança foi analisado por um médico legista do Instituto Médico Legal (IML)O profissional identificou uma lesão do abdômen e acionou policiais da Delegacia de HomicídiosO delegado Alexandre Oliveira da Fonseca prendeu Deyse quando ela tentou a liberação do corpo da criança no início da tarde de terça-feira

Durante depoimento, ela não confessou o crime, mas também não soube dizer como o bebê se machucou“Ela descreve o fato totalmente alheia a situação afetivaDisse que o filho ficou a tarde inteira com o padrasto
Quando voltou e foi dormir começou vomitar e veio a óbitoMas, não consegue dizer como aconteceu a lesão”, explica o delegado

O padrasto do bebê, identificado como Michael Douglas, contou outra versão“Quando ele percebeu a gravidade da situação contou o que viuMichael disse que tomava banho e quando saiu viu Deyse dentro do quarto com o bebêAssim que entrou no cômodo, a mulher saiu agitada e mexendo muito nas mãos”, afirma Fonseca

No depoimento, o homem, que já tem passagens pela polícia e é monitorado por uma tornozeleira, afirmou que tentou colocar a chupeta na boca da criança e percebeu que ela não respiravaPor isso, a levou até o hospital

Para o delegado, o depoimento de Michael é verdadeiroAs investigações apontam que a mulher cometeu o crime por estar com raiva do pai biológico da criança
“Ela não demonstrou nem um pingo de arrependimento e não derramou nenhuma lágrimaÀ princípio apuramos que ela estava nervosa por ele ter parado de pagar pensão alimentícia”, diz Fonseca

Deyse Amâncio, que é usuária de drogas, foi encaminhada para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Centro-Sul