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Estado de Minas

Mulher é presa suspeita de matar o filho de um ano e nove meses em BH

Segundo a Polícia Civil, a mulher cometeu o crime por estar com raiva do pai da criança que parou de pagar pensão alimentícia. A suspeita nega o assassinato


postado em 07/01/2014 19:39 / atualizado em 07/01/2014 19:47

Em depoimento, a mulher se mostrou uma pessoa fria e não derramou uma lágrima(foto: TV Alterosa/Reprodução)
Em depoimento, a mulher se mostrou uma pessoa fria e não derramou uma lágrima (foto: TV Alterosa/Reprodução)

A briga entre mãe e pai por causa do pagamento de pensão pode ter motivado um crime bárbaro em Belo Horizonte. Uma jovem de 20 anos foi presa suspeita de matar o próprio filho de 1 anos e 9 meses nesse domingo. O garoto chegou a ser levado para o Hospital Risoleta Neves, em Venda Nova, mas morreu ao dar entrada na unidade de saúde. O bebê teve o fígado destruído com uma pancada no abdômen. Deyse Amâncio dos Reis foi apresentada na tarde desta terça-feira no Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP) e negou o crime.

O assassinato começou a ser investigado na segunda-feira depois que o corpo da criança foi analisado por um médico legista do Instituto Médico Legal (IML). O profissional identificou uma lesão do abdômen e acionou policiais da Delegacia de Homicídios. O delegado Alexandre Oliveira da Fonseca prendeu Deyse quando ela tentou a liberação do corpo da criança no início da tarde de terça-feira.

Durante depoimento, ela não confessou o crime, mas também não soube dizer como o bebê se machucou. “Ela descreve o fato totalmente alheia a situação afetiva. Disse que o filho ficou a tarde inteira com o padrasto. Quando voltou e foi dormir começou vomitar e veio a óbito. Mas, não consegue dizer como aconteceu a lesão”, explica o delegado.

O padrasto do bebê, identificado como Michael Douglas, contou outra versão. “Quando ele percebeu a gravidade da situação contou o que viu. Michael disse que tomava banho e quando saiu viu Deyse dentro do quarto com o bebê. Assim que entrou no cômodo, a mulher saiu agitada e mexendo muito nas mãos”, afirma Fonseca.

No depoimento, o homem, que já tem passagens pela polícia e é monitorado por uma tornozeleira, afirmou que tentou colocar a chupeta na boca da criança e percebeu que ela não respirava. Por isso, a levou até o hospital.

Para o delegado, o depoimento de Michael é verdadeiro. As investigações apontam que a mulher cometeu o crime por estar com raiva do pai biológico da criança. “Ela não demonstrou nem um pingo de arrependimento e não derramou nenhuma lágrima. À princípio apuramos que ela estava nervosa por ele ter parado de pagar pensão alimentícia”, diz Fonseca.

Deyse Amâncio, que é usuária de drogas, foi encaminhada para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Centro-Sul.


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