A implementação do sistema de rotativo para operações de carga e descarga de mercadorias foi suspenso na capital mineira por tempo indeterminado, após reunião entre a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), BHTrans e Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), na tarde desta quarta-feira. A regulação estava prevista para janeiro deste ano, mas a CDL/BH considera que a cobrança será prejudicial para a economia de BH.
Marcos Innecco explicou ainda que ficou acordado nesta quarta, a necessidade de aumentar a área de carga e descarga na cidade, mas sem aumentar o custo, nem reduzir o espaço já existente. Ele destaca que questões de mobilidade impactam de maneira significativa na economia da capital. "Uma população mais satisfeita, provavelmente consumirá mais, e movimentará ainda mais os negócios. É preciso atender a demanda de mais espaços para estacionamento e o rotativo não é necessariamente a melhor solução", explica.
O vice-presidente da CDL/BH disse que a decisão foi positiva nesse primeiro momento e destacou a importância do debate. "Esta decisão é uma evolução de outros embates. É importante perceber que isso não foi uma norma imposta, mas sim uma oportunidade de conversar e escolher o melhor para a população, a cidade e o comércio".
Outra proposta estudada pela BHTrans é a carga e descarga restrita ao horário noturno. O vice-presidente da CDL/BH, avaliou a medida como inviável. “É preciso pensar no alto risco de assaltos. Seria necessário a contratação de segurança privada, o que acabaria inviabilizando o custo da operação”, explicou. “E a descarga noturna também gera um alto índice de reclamação dos vizinhos, pois é um processo que gera ruídos altos e infringe a Lei do Silêncio. Essa possibilidade seria viável apenas para alguns tipos de estabelecimentos, como bares e restaurantes, que funcionam a noite e até já a realizam", completou Innecco.