(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Um ano após ser reformado, mureta do Viaduto B é quebrada por causa do BRT

A pouco mais de um mês da operação do sistema BRT nos corredores Cristiano Machado e Central, prefeitura ainda retoca obra em viaduto, cuja mureta divisória foi removida


postado em 11/01/2014 06:00 / atualizado em 11/01/2014 06:56

Nessa sexta, uma estrutura removível mantinha as duas pistas do pontilhão separadas (foto: Jair Amaral/EM/D.A PRESS)
Nessa sexta, uma estrutura removível mantinha as duas pistas do pontilhão separadas (foto: Jair Amaral/EM/D.A PRESS)

Ao anunciar nessa sexta-feira mudanças no trânsito na Região Central de Belo Horizonte, a BHTrans tentou justificar a derrubada da mureta central do Viaduto Sarah Kubitschek, popularmente conhecido como Viaduto B, no Complexo da Lagoinha, concluída na semana passada. A mureta passou por obras em janeiro do ano passado, quando a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura alargou a alça que atualmente liga as avenidas Pedro II e Olegário Maciel e revitalizou o pontilhão. A demolição teve início no fim de dezembro e, de acordo com a empresa que gerencia o trânsito na capital, foi feita “para criar um acesso entre as avenidas Antônio Carlos e Olegário Maciel”. Ao ser questionado sobre os motivos da demolição da mureta apenas um ano depois da sua construção, gerando custos para o município, Edson Amorim, diretor do Sistema Viário da BHTrans, disse que a obra foi uma solução temporária para evitar a conversão proibida. “Eu não teria como ficar em operação com aquele trecho aberto. Eu tinha que pôr um dispositivo qualquer para fechá-lo e evitar que as pessoas passassem, o que poderia provocar acidentes. O mais barato era fazer de concreto, por incrível que pareça”, explicou.

Toda a proteção de concreto entre as duas alças do viaduto foi removida no ponto em que as estruturas se encontram. Quem pega a Avenida Pedro II sobe o viaduto e desce na Avenida Olegário Maciel. Já quem pega o elevado pela Avenida Antônio Carlos sai na Rua dos Caetés, mas, a partir de terça-feira, vai poder sair também na Olegário Maciel, com a redução de uma faixa na alça Pedro II-Olegário Maciel. Durante as obras de revitalização do viaduto, em janeiro do ano passado, o pontilhão foi totalmente revitalizado, com reforço das estruturas de concreto e das ferragens. O objetivo era adequar a capacidade do viaduto ao BRT e modernizá-lo, mas, mesmo assim, nova intervenção precisou ser feita para garantir mais mobilidade no Centro. Nas ruas, a população criticou o novo quebra-quebra logo depois de uma obra no local. Para o auxiliar administrativo Walter Coelho, de 21 anos, quem fica prejudicado é o motorista, além do desperdício de dinheiro e transtorno para o trânsito. Para o taxista Antônio José do Carmo, de 57, o Complexo Viário da Lagoinha sofre com problemas de mobilidade com qualquer intervenção no local.

Este faz e desfaz nas obras do BRT de Belo Horizonte não é o primeiro e ocorreu também na esquina da Avenida Santos Dumont e da Rua Espírito Santo, um dos cruzamentos por onde os ônibus do BRT vão passar. Ali a faixa de pedestre, em nível, precisou ser refeita em maio de 2013. Os coletivos batiam a parte de trás no chão ao passar pelo local, inviabilizando a manobra. No mesmo mês, outras três intervenções chamaram a atenção. Na Avenida Cristiano Machado, a empreiteira responsável demoliu uma estação de transferência de passageiros que já estava pronta, além do concreto que também precisou ser destruído no Bairro Ipiranga, Nordeste de BH. Na Avenida Antônio Carlos, o cimento posicionado na pista dos coletivos precisou dar lugar a uma estação de passageiros no Bairro São Francisco, Região da Pampulha.

ÁREA HOSPITALAR A BHTrans divulgou ontem alterações no trânsito da Praça Hugo Werneck, na área hospitalar, que começarão a valer a partir da 0h01 de terça-feira. Segue o embarque de passageiros na Rua Ceará, perto da Santa Casa. Por sua vez, haverá mudanças nos itinerários de oito linhas do sistema BHBus, o que fará com que quatro pontos sejam desativados e seis, implantados. No cruzamento das avenidas Professor Alfredo Balena e Francisco Sales, os semáforos para veículos passarão a ficar verdes por mais tempo, chegando a 67 segundos – hoje, a duração máxima é de 51 segundos. Com a extinção das conversões, os pedestres passarão a ter ao menos 42 segundos para atravessar. Até o dia 15 de fevereiro, o trânsito na área central deve sofrer outras duas intervenções por causa do Move, segundo o diretor de sistema viário da BHTrans, Edson Amorim de Paula.

 

 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)