Incêndio que destruiu loja às margens do Anel Rodoviário pode ter sido criminoso

O incêndio que destruiu o galpão da loja conhecida como “Atacadão R$1,99”, na tarde desta quarta-feira, no Anel Rodoviário de Belo Horizonte, pode ter sido criminoso. A hipótese foi levantada por uma funcionária que afirmou ter visto um homem, que tentou assaltar o local no último sábado, colocando fogo em uma lona na entrada do estabelecimento. Logo depois, as chamas se alastraram pelo mato e atingiram a empresa. Os bombeiros já conseguiram controlar o fogo e fazem o rescaldo. A corporação não confirmou a versão da mulher.

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A funcionária Marlene da Silva contou que o homem foi ao local três vezes no último sábado, com a intenção de assaltar a loja, que vende produtos importados. Segundo a testemunha, ele chegou a fazer um buraco na parede do galpão. Como não conseguiu levar nenhum material, deixou um bilhete ameaçando os empregados. Nesta quarta-feira, o jovem foi visto próximo ao local pouco tempo antes do incêndio. Por isso foi levantada a hipótese do fogo criminoso.

Quando as chamas se espalharam pelo galpão, que guardava materiais inflamáveis e alguns produtos tóxicos, quatro funcionários estavam no local. Conforme Marlene Silva, o fogo foi visto por uma faxineira, que gritou e alertou as outras pessoas. Todos conseguiram deixar o imóvel, de 2,5 mil metros quadrados, sem ferimentos. A cunhada da proprietária da empresa, Lídia Neves Rodrigues, afirmou que o prejuízo pode ser superior a R$ 2 milhões.

As chamas atingiram o galpão da loja, localizada entre os bairros Engenho Nogueira e Caiçara, na Região Noroeste de Belo Horizonte, por volta das 13h30. De acordo com o Corpo de Bombeiros, o fogo ameaçou atingir uma loja de pneus que fica ao lado do galpão. A parede foi resfriada e o imóvel vizinho ficou intacto. Ao todo, 23 militares em 12 viaturas - até a Alto Escada Plataforma, específica para atendimento de incêndios de grandes proporções -, foram empenhados no combate. O helicóptero da corporação também deu apoio nos trabalhos.

A fumaça densa que subiu preocupou funcionários de empresas que estão próximas ao local. “Subiu uma fumaça preta por causa da queima de plásticos da empresa. O cheiro era muito forte”, afirma o vendedor de uma fábrica de lacre de segurança, Rubens Ragazzi. Segundo ele, as chamas começaram em um matagal e se alastrou para o galpão. “Pelo que ficamos sabendo, o fogo começou no mato e atingiu a empresa”, conta.

O trânsito congestionado pode ter atrapalhado a chegada do Corpo de Bombeiros. “Os bombeiros demoraram um pouco para chegar por causa do trânsito carregado no Anel Rodoviário. Mas, quando chegou as primeiras viaturas, os militares já começaram o primeiro combate e depois a situação ficou controlada”, diz o vendedor.

A funcionária de uma loja de máquinas, ao lado do local do incêndio, disse que ouviu uma explosão e a fumaça preta tomou toda a região. Segundo a testemunha, o fogo se alastrou em menos de 20 minutos provocando um grande estrago nos dois galpões.

Conforme o Corpo de Bombeiros, as chamas foram controladas por volta 15h. Militares seguem no local para fazer o rescaldo a área. Ainda não é possível dizer o que causou o incêndio, mas a perícia da Polícia Civil vai investigar as possíveis causas.


(Com informações de Elói Oliveira da TV Alterosa)