Moradores do Santo Agostinho estranharam a presença do homem na região - Foto: Polícia Civil/DivulgaçãoA angústia e saudade de uma família que procurava um ente desaparecido terminou na tarde desta quinta-feiraJosé Perpétuo Teodoro, 62 anos, havia saído de casa, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, no último domingo e não voltou maisHoje, moradores do Bairro Santo Agostinho, na Região Centro-Sul da capital mineira, acionaram um guarda municipal que acompanhava um trabalho no bairro, alegando que um homem desconhecido estava circulando pela regiãoA confirmação de que o senhor era um desaparecido foi possível por causa de uma rede social

O guarda municipal Valdimir Pedro Martins Veloso saiu de casa, nesta manhã, acreditando que iria acompanhar mais um dia do trabalho da equipe que faz um inventário das árvores de BHMas, durante a ação, foi surpreendido por moradores do Bairro Santo Agostinho“Eles alegaram que tinha um homem circulando pelo bairro que ninguém conheciaPor isso fui atrás deste homem”, contou o guarda

Valdimir conseguiu encontrar com José Teodoro e tentou saber sobre a sua vida“Quando comecei a conversar, ele me disse que morava na rua há muito tempoMas desconfiei, pois ele não estava vestido e nem tinha características de morador de rua”, disse o guarda

Os trabalhos da equipe da prefeitura terminaram, mas Valdimir continuou ao lado do homem para tentar identificar qual era o problema deleNo sistema da polícia não havia nenhuma ocorrência em desfavor de TeodoroEnquanto esperava, o guarda recebeu uma mensagem no Facebook de um integrante do grupo que fazia o inventário das árvores“Essa pessoa me mandou um cartaz de desaparecidos que encontrou na internet e a foto era do homem”, afirma

Com a confirmação, o guarda ligou para a família de Teodoro que já estava em Belo Horizonte à procura do homem“ Segundo a filha, ele tem o hábito de ir até a farmácia para buscar o remédioComo está há vários dias sem o medicamento, a família acredita que ele possa ter surtado”, revela

O guarda demonstrou satisfação em poder ajudar a família“No ponto de vista profissional a sensação é de dever cumpridoComo ser humano, fico feliz de ter ajudado a família porque ela estava sofrendo muitoPara se ter uma ideia, o filho dele disse que estava há quatro dias sem dormir”