Menores de 18 anos de idade e desacompanhados de pais ou responsáveis foram barrados pela segurança do Minas Shopping, na região Nordeste de Belo Horizonte, na tarde deste sábado, data do evento criado no Facebook chamado 'rolezinho', também denominado Apartheid às avessasMais de 300 pessoas haviam confirmado presençaEm alguns casos, o RG dos adultos responsáveis pelos menores também foi anotado.
O shopping não divulgou um balanço de quantas pessoas foram barradas, mas informou por meio de nota que, "como já estava ciente do evento, se reuniu com representantes das polícias Militar e Civil durante a semana e reforçou a segurança própria para preservar a integridade de visitantes e funcionários"O efetivo foi cerca de 30% maior para evitar transtornosAinda segundo a nota, a orientação da administração à segurança foi fazer, quando necessária, verificação da documentação no caso da formação de grupos de pessoas.
Segundo o major Sinério, da 22ª compania da Polícia Militar, que acompanhou a ação no shopping nesta tarde, o movimento foi tranquilo e a PM não foi acionada nem pelo shopping e nem pelos frequentadores do local
Segundo o militar, a ação da polícia só iria ocorrer se houvesse depredação ou confusãoEle conta que viu um grupo de cerca de dez jovens serem barrados, mas não houve tumulto.
São Paulo
Já em São Paulo uma manifestação a favor dos 'rolezinhos' e contra o racismo não foi tão tranquila e causou o fechamento do Shopping JK IguatemiO centro de compras funcionava normalmente até o momento em que os manifestantes chegaram em frente ao estabelecimento e todas as portas foram fechadas, impedindo, inclusive, a saída das pessoas que estavam no interior do prédio
Também não foi autorizada a entrada de clientes, logistas e funcionáriosAté o final da tarde deste sábado a situação era a mesma, mas sem a presença da polícia, apenas com o corpo de seguranças do estabelecimento.
Um grupo de advogados das entidades que participam do ato foi à delegacia policial mais próxima para fazer um boletim de ocorrênciaEles alegam que as pessoas passaram por constrangimento ilegal e que o shopping cometeu crime de racismo.