Um pedagogo de 26 anos foi preso suspeito de estuprar um garoto de 12 anos em Contagem, na Região Metropolitana de Belo HorizonteDe acordo com as informações da Polícia Civil, Paulo César Sales se aproximou da família da vítima se dizendo evangélico e missionárioEle chegou a visitar a casa dos moradores por algumas vezes e, em um desses encontros, beijou e passou as mãos nas partes íntimas da criançaO homem, que foi apresentado na tarde desta segunda-feira, também é investigado por pelo menos outros dois estupros
A polícia começou a investigar o caso em dezembro quando a família do menino procurou a delegacia para denunciar o homemSegundo o delegado Pedro Henrique Batista Vieira, titular da delegacia de Contagem, Paulo frequentava a mesma igreja da família do garotoEle se aproximou dos parentes se dizendo evangélico e missionário e passou a ganhar a confiança deles
Com o passar do tempo, passou a visitar a casa da família“Ele fez algumas visitas tentado dizer que queria mostrar o trabalho de missionárioDurante esses encontros, fazia brincadeiras com as criançasPor ter sido formado em pedagogia tinha facilidade com isso
O garoto relatou o abuso à família que procurou a delegacia“Quando recebemos a denúncia, começamos a ouvir os envolvidosEm um primeiro momento, ele se negou a prestar depoimentoDurante as apurações, tive o conhecimento de outros casos em que ele está sendo investigado, por agir de forma semelhante. Diante disso representei pela prisão dele”, explica o delegado
Na última sexta-feira, Paulo compareceu a delegacia, junto com um advogado, para prestar depoimentoLogo no final da oitiva, acabou presoEle nega os crimes pelos quais é acusado“Ele diz que tudo passa de um mal entendidoAfirma que é vítima na situação e que não sabe dizer o motivo que as pessoas o acusam”, conta Vieira
Vítima detalha abuso
Os abusos sexuais em que não acontece penetração são mais difíceis de investigar por causa da falta de provas contra os autoresSegundo o delegado, o depoimento do garoto foi importante para a prisão do suspeito“A criança conta os fatos de uma forma retilíneaMesmo com o constrangimento, que é comum neste tipo de caso, mostra muita certeza e clareza”, diz Vieira
Conforme o delegado, os criminosos aproveitam da falta de provas para repetir os atos“Quem comete este tipo de crime acredita que não vai ser preso, pois não há provas materiais apenas a fala de um contra o outro”, explica
O pedagogo é investigado por pelo menos outros dois crimes de abusos sexuais contra menores de 12 anosO primeiro deles aconteceu em 2012A polícia acredita que ele aproveitava que era pedagogo e, durante as aulas, abusava de alguns alunos “Como é formado pedagogia, arrumava aulas como professor substitutoEle usava essa forma para encontrar as crianças e, durante esses momentos, teria beijado e acariciado algumas delas”, diz o delegado
Paulo está preso no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) ContagemEle deve ser indiciado por estupro de incapaz