Uma quadrilha especializada em roubos de cargas foi presa pela Polícia Civil em uma operação realizada nessa segunda-feira. Ao todo, 13 pessoas foram detidas enquanto se reuniam em uma churrascaria às margens da BR-365, em Uberlândia, Região do Triângulo Mineiro. Conforme as investigações, o grupo, que foi apresentado na tarde desta terça-feira, é suspeito de efetuar assaltos a caminhoneiros em Minas Gerais, Goiás, São Paulo e em Tocantis. O alvo, normalmente, eram carregamentos de pneus.
As investigações começaram há 45 dias pela Delegacia Especializada de Repressão ao Furto, Roubo e Desvio de Cargas, da Divisão Especializada de Operações Especais da Polícia Civil (Deoesp), depois que foram detectados várias ocorrências crimes na região do Triângulo Mineiro. Nessa segunda-feira, os policiais receberam informações de que o grupo estava reunido em uma churrascaria e uma operação foi montada. “Eles estavam em um posto de combustível às margens da BR-365 reunidos para planejar um assalto aqui na região”, explica o inspetor Rodolfo Ribeiro.
Ao todo, 13 pessoas foram presas. Todos têm idade média de 25 a 30 anos. Com eles foram apreendidas duas carretas com placas adulteradas que eram utilizadas para o transbordo das cargas, um Punto e um Onix, um revólver calibre 38 com a numeração raspada e aparelhos utilizados para bloquear sinais de rastreadores e celular. “Dentre os detidos estão os líderes. Todos são nordestinos que estavam residindo em São Paulo. As pessoas que comandavam o bando já têm passagens por roubos de cargas, veículos e receptação. Inclusive, um deles já tem alto conhecimento em serviços de rastreadores de caminhões”, afirma o inspetor.
As investigações mostraram que o grupo era bastante organizado e perigoso. “Eles agiam, na maioria das vezes, na parte da noite quando os caminhoneiros estavam descansando. Eles utilizavam Jammer (bloqueador de sinal) para inibir a frequência dos rastreadores. Com uma furadeira profissional, conseguiam atingir um equipamento no compartimento de carga que detectava movimento. Em seguida, colocavam um outro rastreador no lugar que emitia um sinal fictício para a empresa. O objeto mostrava que o caminhão estava parado, sendo que, na verdade, estava em movimento”, conta Ribeiro.
Em depoimento, os integrantes do grupo assumiram parte dos crimes. A polícia ainda não contabilizou o prejuízo causado pelo bando. “Com certeza são cifras milionárias, mas não temos esse levantamento. Os suspeitos não confessaram a participação em determinados crimes, mas disseram que fazem parte de uma quadrilha”, revela o inspetor. As investigações vão continuar para tentar localizar outros integrantes do bando.