Jornal Estado de Minas

Assassino confessa ter matado o cunhado cadeirante em Santa Luzia

A vítima arrumou emprego para o cunhado, que queria dinheiro fácil e tentou roubar o cadeirante. Zeli Nunes dos Santos, de 55 anos, foi morto com oito facadas dentro de casa, em Santa Luzia

Luana Cruz, Paulo Filgueiras, Cristiane Silva, Daniel Camargos, Mateus Parreiras, Pedro Rocha Franco, Luciane Evans, Leandro Couri
A Polícia Civil apresentou nesta quarta-feira André Ferreira da Cruz, de 26 anos, suspeito de matar o cunhado Zeli Nunes dos Santos, de 55 anos, no último dia 20
Zeli era cadeirante, porque perdeu a pena em um acidente de trabalho há 15 anosEle vivia em uma casa na cidade de Santa Luzia, na Grande BH, e comandava uma serralheria no Bairro São Gabriel, na região nordeste da capitalO empresário foi morto com oito facadas e André confessou o ataque brutal

De acordo com a Polícia Civil, Zeli foi encontrado morto em casa, no Bairro Santa MatildeSegundo vizinhos, ele era o homem muito querido porque ajudava as pessoasO cadeirante recebia auxílio doença e há dois anos começou a namorarEle ajudou a companheira a montar uma casa perto do imóvel onde ele moravaZeli estava custeando um advogado para outro irmão dela, preso por envolvimento com o tráfico de drogas

Conforme a polícia, Zeli também ajudou André arrumando um emprego na serralheriaO suspeito saiu de Jaboticatudas para passar alguns dias na casa da irmã em Santa Luzia, e aproveitou para trabalhar com o cadeirante na empresa


Na manhã do crime, André foi até a casa de Zeli e entrou convidado pela vítimaSegundo o delegado Christiano Xavier, o assassino queria conseguir dinheiro fácil com o cunhadoEle foi na casa com a intenção de roubar, por isso com a descoberta do crime, foi autuado por latrocínioComo Zeli negou dar dinheiro, André desferiu várias facadas no cadeirante e voltou para casa da irmã - onde ateou fogo nas próprias roupas sujas de sangueLogo depois, fugiu para Jaboticatubas

Durante as investigações, os policias encontraram restos de uma calça queimada e um par de botas impregnado por sangue na casa da irmãCom mandado de prisão temporária, os investigadores prenderam André na tarde de ontem

“O Zeli abraçou a família todaComprou barraco para a namorada, arrumou advogado para um irmão e ajudou o outro com empregoMesmo assim, o André fez o que fez”, relata o delegado