O Conselho Municipal de Política Urbana (Compur) aprovou, nesta quinta-feira, o projeto Operação Urbana Consorciada (OUC) Nova BH que pretende transformar a cara da capital a partir da ocupação e da renovação imobiliária nos eixos das avenidas Antônio Carlos/Pedro I e Andradas/Tereza Cristina/Via Expressa. A decisão foi tomada depois do adiamento de duas reunião do conselho. Agora, a proposta será encaminhada para a Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) para ser apreciada pelos vereadores. A Prefeitura não soube dizer o dia da análise.
A discussão da proposta foi adiada por três vezes pelo Compur. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) recomendou que os conselheiros deixem de votar e aprovar o parecer de Licenciamento Urbanístico do Estudo de Impacto da Vizinhança do empreendimento. A alegação do órgão é que alguns pontos ainda não foram esclarecidos pela Prefeitura. Na reunião desta quinta-feira, dois conselheiros seguiram a recomendação do MP e não votaram o projeto.
A diretora do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), Cláudia Pires, foi uma das conselheiras que não ficou para a votação. Segundo ela, a discussão do projeto tem que ser feita na Conferência Municipal de Políticas Urbanas. A arquiteta saliente que o Compur não tem competência para aprovar o zoneamento da cidade, e sim coisas mais pontuais, como por exemplo a construção de um prédio.
Já Jobson Andrade, do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea/MG), diz que o projeto vai trazer melhorias para a cidade.
O em.com.br entrou em contato com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para conversar com as promotoras que fizeram a recomendação ao Compur. Porém, foi informado que elas estão viajando.