O clima ficou tenso no protesto pela redução da passagem em Belo Horizonte. Aproximadamente 200 manifestantes chegaram a fechar a Avenida Afonso Pena, no Centro de Belo Horizonte, e depois seguiram para a Praça da Estação, onde tentaram entrar na Estação Central. A tropa de choque da Polícia Militar chegou a usar spray de pimenta para impedir a ação dos jovens.
De acordo com a Polícia Militar (PM), aproximadamente 200 pessoas se reuniram na Praça Sete por volta das 18h30. No local, fecharam os cruzamentos das avenidas Afonso Pena e Amazonas, o que deixou várias vias congestionadas na região. Por volta das 19h15, os manifestantes se deslocaram para a frente da sede da Prefeitura de Belo Horizonte, onde queimaram uma catraca.
Com instrumentos musicais, faixas e cartazes com dizeres pedindo a tarifa zero, o grupo fechou os dois sentidos da Avenida Afonso Pena, em frente à Prefeitura de Belo Horizonte, por aproximadamente 20 minutos. Em seguida, se deslocou para a Rua Goiás, onde ficaram na outra entrada da sede municipal. Depois, os manifestantes seguiram para a Praça da Estação, onde o clima esquentou.
O grupo tentou entrar pela porta principal da estação central e invadir o metrô de Belo Horizonte. Seguranças da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e da Tropa de Choque da Polícia Militar tentaram fechar os portões, mas não tiveram sucesso. Alguns manifestantes chegaram a pular as catracas.
Os militares conseguiram dispersar parte do grupo, que tentou invadir a estação por um acesso lateral. Para impedir a entrada, os militares jogaram bombas de gás lacrimogêneo. Não há relatos de feridos. O metrô funciona normalmente na noite desta quinta-feira. Alguns passageiros estão acuados. Muitos chegaram a deixar o local correndo.
Segundo informações postadas na página do evento, com o fim da cobrança do Custo de Gerenciamento Operacional , os donos das empresas de ônibus vão embolsar R$ 22 milhões por ano, montante que poderia ser revertido no desconto de cinco centavos em cada passagem de ônibus.
Os manifestantes pedem ainda que a circulação de ônibus seja proibida no Bairro Santa Tereza durante o feriado de carnaval, e que seja aplicada a tarifa zero nos dias de folia. Além disso, pedem que a população tenha controle absoluto sobre itinerários e horários das linhas de ônibus.