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Estado de Minas

Manifestantes continuam fechando Avenida Afonso Pena

Famílias da Ocupação Rosa Leão permanecem na manhã desta quarta-feira em uma faixa da avenida, em frente à prefeitura. Desde a manhã de ontem eles se uniram em protesto


postado em 05/02/2014 07:10 / atualizado em 05/02/2014 07:53

Imagem de ontem: em número insuficiente para ocupar pistas, integrantes deram as mãos para interditar a Afonso Pena(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
Imagem de ontem: em número insuficiente para ocupar pistas, integrantes deram as mãos para interditar a Afonso Pena (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)


Famílias da Ocupação Rosa Leão permanecem na manhã desta quarta-feira na Avenida Afonso Pena, em frente à prefeitura de Belo Horizonte. Acampados, eles exigem presença de Marcio Lacerda (PSB) na reunião que acontece hoje com o governo estadual para negociar a permanência desse grupo no terreno que ocuparam há cerca de três anos na comunidade Zilah Spósito, no Bairro Jaqueline, região norte. O trânsito é caótico, logo cedo, no Hipercentro. Uma faixa da Afonso Pena está bloqueada no sentido rodoviária/Mangabeiras e o reflexo chega às avenidas Dom Pedro II, Antonio Carlos e Cristiano Machado, por causa da conexão com o Complexo da Lagoinha.

Ontem, mesmo em pequeno número, o grupo de manifestantes com cerca de 150 pessoas conseguiu travar o trânsito, provocando um problema que se irradiou pela cidade e deixou milhares de pessoas presas em congestionamentos durante grande parte do dia dessa terça-feira. A tática consistiu em atrapalhar ao máximo o trânsito, deixando veículos presos em cruzamentos para aumentar o caos. O resultado não demorou a aparecer. De acordo com a empresa de rastreamento de cargas Maplink, entre as 12h e as 17h o índice médio de lentidão saltou da média de 52 quilômetros, normal para terças-feiras, para 56,1 quilômetros.

Funcionários dos Correios se juntaram aos sem-teto e começaram os protestos em frente à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), onde bloquearam a Avenida Afonso Pena no sentido Mangabeiras. Como tem sido de praxe, o Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (BPTran), guardas municipais e agentes da BHTrans fecharam os acessos e desviaram o tráfego para a Rua da Bahia e a Avenida Álvares Cabral. Foi então que manifestantes resolveram se dividir em grupos menores para fechar outras vias que estavam sendo usadas como opção.

Por volta das 11h50 a Rua da Bahia foi fechada, deixando os ônibus, motocicletas e carros que subiam no sentido Savassi presos entre dois bloqueios. A confusão nas duas vias durou 40 minutos. Em seguida, pessoas que protestavam correram para o sentido rodoviária da Afonso Pena e deram as mãos, formando um cordão humano que deixou a via completamente bloqueada por mais 40 minutos. Um grupo reduzido, com menos de 50 pessoas armou sete barracas e ocupou o pavimento e as escadarias do prédio da PBH.

Motociclistas e motoristas se desentenderam com manifestantes, que passaram a intimidar quem discordava do bloqueio. “Não é possível que um punhado de pessoas pare a cidade a cada três dias. Isso não é justo nem razoável. Entendo que todos tenham seus direitos e necessidades, mas não é com a antipatia dos outros que vão conseguir o que querem”, disse o vendedor Robert Lima dos Reis, de 37 anos. “Enquanto tivermos de usar ônibus e carros, vamos ter de aturar esses protestos. Quando tivermos um metrô de verdade, acho que a coisa vai melhorar”, avaliou o aposentado Rodolfo Celebrinni, de 68.

Protesto volta a travar área central. Participantes adotam tática de fechar várias vias como forma de agravar tumulto(foto: Euler Júnior/EM/D.A PRESS)
Protesto volta a travar área central. Participantes adotam tática de fechar várias vias como forma de agravar tumulto (foto: Euler Júnior/EM/D.A PRESS)


ACORDO

Manifestantes mantiveram a pista da Afonso Pena sentido Mangabeiras totalmente fechada das 10h às 15h30, quando decidiram liberar duas faixas mediante promessa de que a prefeitura mandaria representante a reunião, às 10h de hoje, na Cidade Administrativa do governo de Minas. A prefeitura divulgou nota esclarecendo que foi convidada pela Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) a participar da reunião e que estaria presente. “A PBH respeita manifestações, mas lamenta o fato de que pouco mais de 100 pessoas tenham causado transtornos no trânsito e prejudicado o direito de ir e vir da imensa população de Belo Horizonte”, completou.


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