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Estado de Minas

Policiais federais de MG entram em estado de greve e prometem manifestação

Categoria reivindica valorização dos profissionais e aumento do efetivo. Paralisações estão marcadas para fevereiro


05/02/2014 12:58 - atualizado 05/02/2014 13:04

Em uma assembleia nesta manhã, policiais federais de Minas decidiram pelo estado de greve a partir desta quarta-feira. Para os próximos dias, estão agendados protestos e paralisações. Juiz de Fora, Varginha, Divinópolis, Uberaba, Uberlândia, Montes Claros e Governador Valadares também participam da mobilização, que acontece a nível nacional.

De acordo com o presidente Sindicato dos Policias Federais em Minas Gerais (SINPEF-MG), Rodrigo Porto, os policiais protestam contra a desvalorização da categoria pelo governo federal. Segundo ele, somente no ano passado, 240 agentes deixaram a corporação, alguns após prestar concurso para outros setores. “Policiais experientes quando têm possibilidade de aposentar já se aposentam. Antigamente você ganhava adicional de permanência se continuassem lá, e eles passavam a experiencia. O outro problema são pessoas no meio da carreira que já olham para o Banco Central, a Receita”, explica. Os policiais também denunciam a falta de efetivo em muitos locais, que prejudica as ações exercidas pela categoria.

Em Belo Horizonte, na sexta-feira, agentes, escrivães e papiloscopistas vão participar de uma manifestação pela manhã na porta da sede do sindicato, no Bairro Cidade Jardim, Região Centro-Sul da capital. Durante o ato, os policiais farão o ato simbólico de pendurar as algemas, uma referência à expressão “pendurar as chuteiras”.

Também haverá paralisações no mês de fevereiro nos dias 11, 25 e 26. Rodrigo Porto afirma que os policiais tentarão elaborar um planejamento para que os serviços ao público, como emissão de passaporte e atendimento aos estrangeiros, sejam mantidos. Atividades internas, como as investigações, serão interrompidas durante as paralisações. O sindicato afirma que  30% do efetivo vai continuar em atividade, conforme a legislação. Os policiais também não descartam entrar em greve durante a Copa do Mundo de 2014, caso o governo federal não atenda as reivindicações.


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