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Estado de Minas

PBH quer liberar carnaval em Santa Tereza somente durante o dia

Diante de queixas de moradores, prefeitura deve limitar folia ao período diurno e promete estrutura para blocos


postado em 06/02/2014 06:00 / atualizado em 06/02/2014 07:08

Em encontro tenso, comunidade e autoridades discutiram também reuniões de jovens ao som de funk(foto: JUAREZ RODRIGUES/EM/D.A PRESS)
Em encontro tenso, comunidade e autoridades discutiram também reuniões de jovens ao som de funk (foto: JUAREZ RODRIGUES/EM/D.A PRESS)

O carnaval em Santa Tereza não deve enfrentar os problemas dos últimos dois anos, quando milhares de pessoas aderiram às folias dos blocos e ocuparam de forma desordenada a Praça Duque de Caxias e outros pontos do tradicional bairro da Região Leste de Belo Horizonte. Em reunião ontem à noite entre moradores, representantes da administração municipal e Polícia Militar, o diretor de Operações de Eventos da Belotur, Luiz Felipe Barreto, afirmou que será oferecida estrutura para receber a folia.

"Há 60 dias iniciamos a discussão com a comunidade e o planejamento do evento. Estamos atendendo as propostas dos moradores e o carnaval será diurno no Santa Tereza", disse Barreto. De acordo com ele, outras medidas já foram analisadas, como o deslocamento de blocos com maior número de integrantes para outros pontos da cidade. Com relação à segurança, o dirigente explicou que vêm sendo feitos acertos com a BHTrans e a PM para garantir a festa.

O temor dos moradores de que o Santa Tereza seja ponto de tumultos, principalmente no carnaval, se agravou depois do fim de semana, quando grupos de jovens promoveram uma pré-folia embalada com funk e música eletrônica. A concentração, que entrou pela madrugada de quinta, sexta, sábado e domingo perturbou a comunidade. "Falam no direito de ir e vir dos jovens, mas desprezam os direitos dos moradores. Desde setembro estamos cobrando por meio de reuniões posicionamento da administração pública e não temos visto retorno. A Belotur tenta de última hora organizar o carnaval, mas o bairro não está preparado para receber esse evento", criticou a advogada Anne Shirley, de 47 anos, há 42 morando no bairro.

Já arquiteta Karine Carneiro, de 39, do movimento Salve o Santa Tereza, aposta na realização da folia. "Não podemos privatizar o espaço público, impedindo que as pessoas venham ao bairro. O que tem ocorrido são eventos sem estrutura, diante da omissão do poder público. Polícia Militar e a administração pública têm mecanismos legais para fiscalizar e garantir a segurança e tranquilidade da comunidade e de quem vem."


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