No assassinato de Matheus, duas testemunhas do prédio em frente viram o rapaz ser abordado pelos ladrões e contam que ele não reagiu. “Foi um ato de covardia. Dois homens jovens, bem vestidos e armados, já chegaram gritando ‘sai do carro, sai do carro’ e dispararam dois tiros na vítima. Ela saiu do carro, levou o terceiro tiro, saiu cambaleando e caiu na calçada. Os ladrões entraram no carro dele e fugiram em alta velocidade”, contou a testemunha, que coincidentemente é amigo do irmão da vítima.
O tio de Matheus, o empresário Benedito Rezende, de 58, mora em um prédio próximo e conta que chegava em casa e ficou curioso com a movimentação de pessoas na esquina. “Perguntei ao porteiro o que estava acontecendo e ele me disse que um rapaz havia sido baleado por assaltante.
MEDO Matheus foi morto depois de visitar um amigo que se recupera de uma cirurgia. “Ele parou o carro na esquina e quando voltou para apanhá-lo foi abordado pelos marginais. A família, amigos, colegas de escola, todos estão transtornados. A gente espera que esse crime seja apurado, que a justiça seja feita e que outros pais não passem pelo mesmo sofrimento que estamos passando”, lamentou o tio. “Sabemos que Matheus jamais reagiria a um assalto. Ele já tinha sido assaltado outras vezes e nunca reagiu”, acrescentou. “É preciso que se faça alguma coisa para acabar com essa violência. Era um menino tranquilo, cheio de vida, alto-astral, alegre, brincalhão. Tinha muitos sonhos”, concluiu. Matheus era o mais velho de dois filhos e morava com os pais, segundo Benedito.
Uma amiga conta que o estudante era tão traumatizado com assalto que a namorada dele voltava para casa de táxi para ele não precisar tirar o carro da garagem. “Até para ir a pé para a academia, que fica a um quarteirão da casa dele, Matheus pedia à mãe para acompanhá-lo”, disse a amiga.
Segundo moradores, os assaltos são frequentes no bairro. “Já fui assaltada várias vezes e presenciei muita gente sendo roubada.