Começou por volta de 9h50 desta segunda-feira o julgamento de Érika Passarelli, acusada de arquitetar a morte do pai, Mário José Teixeira Filho, de 50, para receber cerca de R$ 1,2 milhão em apólices de seguro. O júri acontece no Fórum Edmundo Lins, em Itabirito, na Região Central de Minas Gerais. De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), cinco testemunhas de defesa serão ouvidas. A ré responde a homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e mediante dissimulação.
Assim que começou a sessão, o advogado de Érika, Fernando Magalhães, pediu a palavra e reclamou da ausência de um promotor natural na comarca de Itabirito. Segundo defensor, a promotoria trabalha na cidade em regime de cooperação. Hoje, a acusação será feita por Cristian Lucio da Silva. Mesmo com a intervenção, a sessão prosseguiu com o sorteio dos jurados feito pelo juiz Antônio Francisco Gonçalves que é o presidente do Tribunal do Júri. Três mulheres e quatro homens julgarão a ré.
Mário José foi executado em agosto de 2010. O corpo foi achado com três tiros às margens da BR-356. Além de Érika, o ex-namorado Paulo Ricardo de Oliveira Ferraz, 19, e o sogro, o cabo da Polícia Militar, Santos das Graças Alves Ferraz, de 47, também respondem pelo crime acusados da execução. Pai e filho foram presos e liberados por alvará de soltura. O processo foi desmembrado, por isso os outros dois réus serão julgados em outra ocasião.
Os rastros de Érika foram seguidos durante quase dois anos. Até a Polícia Federal ajudou na procura pela mulher. A polícia teve notícias dela em Paranaguá (PR), no interior de Minas e na Região Metropolitana de Belo Horizonte, antes de encontrá-la no Rio de Janeiro em março de 2012, em uma casa de prostituição. Além do crime contra o pai, a ex-estudante já respondeu a vários processos de estelionato por golpes aplicados em lojas de BH.
(com informações de Cristiane Silva e Tiago Borges - TV Alterosa)