Assim que começou a sessão, o advogado de Érika, Fernando Magalhães, pediu a palavra e reclamou da ausência de um promotor natural na comarca de Itabirito. Segundo defensor, a promotoria trabalha na cidade em regime de cooperação. Hoje, a acusação será feita por Cristian Lucio da Silva. Mesmo com a intervenção, a sessão prosseguiu com o sorteio dos jurados feito pelo juiz Antônio Francisco Gonçalves que é o presidente do Tribunal do Júri. Três mulheres e quatro homens julgarão a ré.
Mário José foi executado em agosto de 2010. O corpo foi achado com três tiros às margens da BR-356. Além de Érika, o ex-namorado Paulo Ricardo de Oliveira Ferraz, 19, e o sogro, o cabo da Polícia Militar, Santos das Graças Alves Ferraz, de 47, também respondem pelo crime acusados da execução. Pai e filho foram presos e liberados por alvará de soltura. O processo foi desmembrado, por isso os outros dois réus serão julgados em outra ocasião.
O crime foi cometido depois que o pai da jovem contratou três seguros de vida totalizando R$ 1,2 milhão cuja filha seria a única beneficiária. O plano dos dois era encontrar um corpo para forjar a morte de Mário. A estudante receberia os seguros e dividiria o dinheiro com o pai. No entanto, enquanto tentavam aplicar esse golpe milionário, eles tiveram um desentendimento e, paralelamente, Érika arquitetou a morte do pai, pedindo ajuda ao namorado e ao sogro.
Os rastros de Érika foram seguidos durante quase dois anos. Até a Polícia Federal ajudou na procura pela mulher. A polícia teve notícias dela em Paranaguá (PR), no interior de Minas e na Região Metropolitana de Belo Horizonte, antes de encontrá-la no Rio de Janeiro em março de 2012, em uma casa de prostituição. Além do crime contra o pai, a ex-estudante já respondeu a vários processos de estelionato por golpes aplicados em lojas de BH.
(com informações de Cristiane Silva e Tiago Borges - TV Alterosa).