A Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte ainda comemora a confirmação da gestação da gorila Lou Lou, de 9 anos, a primeira primeira reprodução da espécie na América do Sul. O objetivo da equipe de tratadores é de que os oito ou nove meses sejam conduzidos da maneira mais natural possível. Nesta manhã, a equipe deu mais detalhes sobre a descoberta e presentearam a futura mamãe, e seus companheiros – a fêmea Imbi e Leon, pai do filhote – com picolés gigantes de frutas.
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A bióloga Vivian Fhaiha, da sessão de Mamíferos do zoológico da capital, explicou que Lou Lou começou apresentar os sintomas da gestação há dois meses. Ela estava mais quieta, sonolenta, e passou a rejeitar alimentos que antes gostava. Ao perceber que a gorila havia pulado dois cios, foi realizado um exame na urina, que confirmou a gestação. “Estamos comemorando demais. Só pedimos que o bebê venha com saúde”, diz.
A Fundação planejava uma gestação entre gorilas há 21 anos, quando tiveram início os esforços para trazer uma fêmea que fizesse companhia a Idi Amin, que morreu em 2012. Para trazer conforto a Lou Lou e garantir que a gestação seja a mais natural possível, os exames de ultrassonografia só serão realizados em caso de necessidade. Nesse aspecto, a experiência de observação dos tratadores será essencial. A mamãe também receberá uma porção extra dos alimentos que já são oferecidos aos gorilas: frutas, legumes e ração. O sexo do filhote só será descoberto no nascimento. O filhote deve ficar no zoológico pelo menos até completar 8 anos, idade considerada adequada para uma possível transferência para outra instituição.
Lou Lou chegou a BH em outubro do ano passado, com o macho Leon, de 14 anos, para fazer companhia a Imbi, que vive no local desde 2011, e formar um grupo reprodutivo da espécie. Foi a primeira relação sexual de Leon e o primeiro contato com fêmeas, já que antes de vir ao Brasil estava em recinto acompanhado apenas de machos. Os três interagem perfeitamente e apresentam comportamento compatível com animais da espécie. Entre as atividades preferidas, está a exploração do local, com direito a descanso no bambuzal, escalada em pedras e troncos, além de alimentação ao ar livre. (Com informações de Junia Oliveira).