Jornal Estado de Minas

Morte de frentista em aglomerado de BH contou com ajuda da mulher e cunhado

A mulher disputava um carro com o marido no processo de separação. O cunhado e um comparsa, executor do crime, queriam acertar contas por causa de um suposto furto de drogas

Luana Cruz, Paulo Filgueiras, Cristiane Silva, Daniel Camargos, Mateus Parreiras, Pedro Rocha Franco, Luciane Evans, Leandro Couri Andréa Silva
- Foto: Ramon Lisboa/EM DA Press
A Polícia Civil apresentou nesta quarta-feira os suspeitos de matar o frentista Jucinaldo Couto Pinheiro, crime que aconteceu em 28 de agosto do ano passado. Ele foi morto na frente do filho de 4 anos no Aglomerado Andiroba, Região Leste de Belo Horizonte. Os três envolvidos tinham motivações diferentes: Renilda Nazara Brandão, de 26 anos, disputava um carro com o marido Jucinaldo por causa da separação; o cunhado Paulo Henrique Viana Brandão, de 24, e Windsor Lorran Fernandes dos Santos, de 18, queriam acertar contas por causa de um suposto furto de drogas.

De acordo com a delegada Alice Batello, Jucinaldo estava em processo de separação com a mulher e o casal disputava um carro que comprou em parceira. O frentista também era traficante e vendia drogas no posto de combustíveis onde trabalhava. Ele descobriu que o cunhado Paulo Henrique e comparsa Windsor, também traficantes, teriam enterrado grande quantidade de drogas no Parque Guilherme Lage. Jucinaldo foi até a área verde, roubou e vendeu a droga em Mateus Leme, cidade em que moram alguns parentes. O furto e a venda geraram a revolta dos proprietários da droga.

A polícia acredita que Windsor e Paulo planejaram o crime por vingança, contando com apoio de Renilda que já estava insatisfeita com o companheiro.
Os dois homens foram na casa de Jucinaldo, que morava no segundo andar de um prédio de três pavimentos. Pela manhã, foram cobrar a devolução do dinheiro da droga vendida e à tarde voltaram para matar. Segundo a delegada Batello, Renilda contribuiu deixando o portão aberto e despistando a mãe de Jucinaldo, que também mora no terreno.

Conforme a polícia, Windsor foi o executor do crime e matou Jucinaldo com quatro tiros na frente do filho da vítima. Os homens sumiram depois do crime, mas Renilda continuou dissimulada. Segundo a delegada, ela procurou a polícia para receber um laudo que a ajudaria a resgatar um seguro pela morte do marido. As investigações apontaram o envolvimento da mulher, do irmão Paulo e do comparsa Windsor. Todos negaram o crime. .