Jornal Estado de Minas

Preso suspeito de matar pastor da Igreja Universal em Venda Nova


A Polícia Civil apresentou, na manhã desta quinta-feira, o suspeito de ter matado um pastor da Igreja Universal no dia 10 de janeiro, no Bairro Céu Azul, em Venda Nova. Reinano Francisco de Oliveira, de 45 anos, é acusado de matar o pastor Charles Vidal de Souza, de 34. O crime aconteceu por volta das 11 horas da manhã, quando Souza chegava à igreja a fim de resolver algumas pendências administrativas. Ao estacionar o carro, ele foi abordado pelo criminoso, que anunciou o assalto.



Segundo a polícia, o suspeito pretendia roubar a igreja e o veículo. Para isso, amarrou primeiro as mãos da vítima com uma fita e, quando tentou amarrar os pés, foi surpreendido pela reação do pastor. Eles começaram a lutar e o criminoso disparou pela primeira vez. O tiro atingiu a perna do religioso, que ainda assim, não cedeu. Oliveira, então, disparou novamente, desta vez, atingindo a cabeça da vítima, que caiu. Ele abandonou o corpo do homem e fugiu no veículo.

Segundo testemunhas, Charles foi encontrado por alguns membros da igreja, que rapidamente acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ele chegou a dar entrada no Pronto Socorro do Hospital João XXIII, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

De acordo com a delegada do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP), Cristiana Angelini, Oliveira fugiu no mesmo dia para Bocaiuva, no Norte de Minas. Chegando à cidade, parou em uma loja de ferramentas e comprou alguns materiais, que segundo os policiais, seriam utilizados para o desmanche do veículo. Oliveira pretendia fazer o serviço em São Mateus, no Espírito Santo. A ida, no entanto, teve que ser adiada porque ele não conseguiu dinheiro para abastecer o carro. Assim, decidiu voltar para Contagem.

Segundo o próprio relato, ao chegar na cidade, Reinano se deparou com uma viatura da polícia e com medo, decidiu abandonar o veículo. Ao fugir, deixou pra trás uma conta de telefone, a nota fiscal da loja de ferramentas e um par de calçados. Foram com estes documentos que a polícia conseguiu chegar até ele.

Reinano tem diversas passagens pela polícia e uma condenação pelo mesmo crime de latrocínio. Em 1988, foi preso, mas conseguiu fugir quatro anos depois. Depois de cometer novos crimes foi preso novamente e ficou detido até 2009, quando, mais uma vez, conseguiu escapar.