Foi apresentado, no fim da manhã deste domingo, Filipe Leão Mota, de 18 anos, suspeito de matar o taxista Sebastião da Silva Dias, de 56 anos, no Bairro Jaqueline, Região Norte de Belo Horizonte. Além do histórico de outros assaltos envolvendo os profissionais, a polícia informou que o pai do rapaz também era taxista e mais uma vítima da violência.
Filipe foi preso no Bairro Madri, em um carro conduzido por um parente que não sabia do crime. O rapaz teria pedido carona para sair da cidade, sem informar o que havia acontecido. De acordo com a Polícia Militar (PM), ele contou que estava no Hospital Risoleta Neves quando abordou Sebastião e pediu uma corrida até o Bairro Jaqueline. Ao chegar à Rua Atalaia, ele anunciou o assalto, ameaçando a vítima com uma faca. Na versão dele, o taxista reagiu tomando a faca de sua mão e os dois entraram em luta corporal. Filipe, então, recuperou a faca e atacou o taxista.
Depois que o taxista saiu do carro, Filipe assumiu a direção e dirigiu cerca de dois quilômetros até a Rua Copo de Leite, no Jaqueline, onde abandonou o carro. Ele voltou para casa, tomou banho, trocou as roupas sujas de sangue (que foram encontradas pela polícia em um saco de lixo) e saiu novamente. De acordo com a PM, ele ligou para a mãe confessando o crime e disse que pretendia se entregar depois que o tempo do flagrante passasse.
A polícia fez buscas durante a madrugada e pela manhã. Filipe contou que dormiu no mato e ligou para o parente mais cedo. Ainda de acordo com a Polícia Militar, esse é o terceiro assalto a taxistas que ele comete desde que completou 18 anos. Um dos crimes foi registrado pela polícia e a vítima o reconehceu. Ele é usuário de cocaína desde os 14 e usava o dinheiro dos crimes para sustentar o vício. Ele também teve outras passagens pela polícia quando era menor de idade.
Outro detalhe que chamou a atenção da polícia é o fato de que o pai de Filipe também era taxista e foi assassinado dentro do veículo em 1998, quando ele tinha 2 anos. Na coletiva desta manhã, ele disse que não queria machucar ninguém, e agiu em legítima defesa.