Dos 853 municípios do estado, 778 foram selecionados para o recebimento do incentivo financeiro. Entre os fatores considerados estão a incidência de casos confirmados de dengue entre 2009 e 2013, a ocorrência de mortes confirmadas no mesmo período e a homologação do Plano de Contingência Municipal.
“Estamos chegando com R$ 32,6 milhões de repasse de fundo a 778 municípios do estado a fim de que os municípios possam dobrar suas equipes de prevenção e, portanto continuar mantendo os índices baixos que nós temos da dengue este ano. Sem poder deixar de ressaltar a importância de que a vigilância deve ser mantida pela população durante todo período, principalmente primeiro semestre”, explica o secretário de Estado de Saúde, Alexandre Silveira. “Além das ações de comunicação de elucidação da população, elas (as cidades) vão poder dobrar suas equipes de vigilância, ou seja, hoje têm agentes de saúde que fazem o trabalho de porta a porta, de casa a casa buscando os focos do mosquito e, portanto, com esse recurso - que chega para agir preventivamente em cada município do estado - as ações vão poder ser mais rigorosas”, completa.
O repasse também vai habilitar os Consórcios Intermunicipais de Saúde (CIS) a executarem ações como o custeio de recursos humanos, de procedimentos assistenciais, aquisição de insumos, logística de processos de trabalho, estruturação física de ambientes, bem como ações de mobilização e comunicação social.
Além do valor que será repassado às ações complementares, o governo também vai destinar R$ 12 milhões à implantação de Unidades Assistenciais de Resposta Rápida (URRs) a partir do cenário epidemiológico definido pela SES/MG em municípios que ultrapassarem sua capacidade de resposta assistencial à população. As unidades apresentam três portes, que podem atender de 100 a 300 pacientes por dia.
NÚMEROS A Secretaria informou, também, que até o momento foram confirmados 1.253 casos de dengue em Minas Gerais em 2014, número menor que o registrado no ano passado. Uma morte pela doença foi confirmada, a de uma vítima da cidade de Paracatu, na Região Noroeste de Minas Gerais. Em 2013, 117 pessoas morreram no estado.
Para o secretário, a falta de chuvas entre o fim de 2013 e início de 2014 pode ter contribuído para a melhoria no quadro. “Tivemos período de chuva com índice pluviométrico muito menor que o ano anterior. O que contribui, com certeza, além de outros fatores, para que tivéssemos índices muito menores que o ano passado. Tivemos 1.256 casos até agora, em janeiro fevereiro, e no mesmo período do ano passado tínhamos mais de 30 mil e mais de 35 óbitos em Minas Gerais. Hoje nós temos um caso, não que não seja relevante, muito pelo contrário, mas só temos um detectado na cidade de Paracatu. Portanto, temos um quadro muito mais otimista que ano passado, mas não deixa o estado de estar atento.”.