O governo de Minas Gerais vai destinar R$ 32,6 milhões para ações de enfrentamento da dengue em mais de 700 municípios do estado. O anúncio foi feito nesta tarde pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). O repasse financeiro, de forma complementar, será destinado a execuções de vigilância e controle vetorial, mobilização social e assistência a pacientes com suspeita de dengue.
Dos 853 municípios do estado, 778 foram selecionados para o recebimento do incentivo financeiro. Entre os fatores considerados estão a incidência de casos confirmados de dengue entre 2009 e 2013, a ocorrência de mortes confirmadas no mesmo período e a homologação do Plano de Contingência Municipal.
O repasse também vai habilitar os Consórcios Intermunicipais de Saúde (CIS) a executarem ações como o custeio de recursos humanos, de procedimentos assistenciais, aquisição de insumos, logística de processos de trabalho, estruturação física de ambientes, bem como ações de mobilização e comunicação social.
Além do valor que será repassado às ações complementares, o governo também vai destinar R$ 12 milhões à implantação de Unidades Assistenciais de Resposta Rápida (URRs) a partir do cenário epidemiológico definido pela SES/MG em municípios que ultrapassarem sua capacidade de resposta assistencial à população. As unidades apresentam três portes, que podem atender de 100 a 300 pacientes por dia.
NÚMEROS A Secretaria informou, também, que até o momento foram confirmados 1.253 casos de dengue em Minas Gerais em 2014, número menor que o registrado no ano passado. Uma morte pela doença foi confirmada, a de uma vítima da cidade de Paracatu, na Região Noroeste de Minas Gerais. Em 2013, 117 pessoas morreram no estado.
Para o secretário, a falta de chuvas entre o fim de 2013 e início de 2014 pode ter contribuído para a melhoria no quadro. “Tivemos período de chuva com índice pluviométrico muito menor que o ano anterior. O que contribui, com certeza, além de outros fatores, para que tivéssemos índices muito menores que o ano passado. Tivemos 1.256 casos até agora, em janeiro fevereiro, e no mesmo período do ano passado tínhamos mais de 30 mil e mais de 35 óbitos em Minas Gerais. Hoje nós temos um caso, não que não seja relevante, muito pelo contrário, mas só temos um detectado na cidade de Paracatu. Portanto, temos um quadro muito mais otimista que ano passado, mas não deixa o estado de estar atento.”