A promessa de despoluição da Lagoa da Pampulha até a Copa do Mundo, que será realizada de 12 de junho até 13 de julho, não será cumprida por causa de problemas nos equipamentos utilizados no processo de dragagem de sedimentos. Foi o que afirmou o coordenador executivo do Programa de Recuperação Ambiental da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), Ricardo de Miranda Aroeira, em audiência pública sobre o assunto realizada nesta quarta-feira na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
A primeira etapa dos trabalhos de despoluição da Lagoa da Pampulha, o desassoreamento está orçado em R$ 109 milhões e abrange a execução de serviços de dragagem e de desidratação, transporte e destinação dos sedimentos removidos, segundo a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura. Ela foi iniciada em outubro de 2013 e a expectativa era de ser finalizada antes da Copa do Mundo. Em dezembro do ano passado, o prefeito Marcio Lacerda (PSB) já havia admitido que a despoluição só seria possível após o mundial.
Os atrasos foram provocados por problemas em aparelhos utilizados no processo de dragagem de sedimentos. Novas tecnologias devem ser utilizadas no processo, porém, a licitação ainda está em curso. “Por essas e outras razões, o cronograma já está, no mínimo, atrasado em três meses”, disse Aroeira.
Não são apenas os problemas com equipamentos que estão atrasando a despoluição de um dos cartões postais de Belo Horizonte. A Copasa informou que não vai conseguir construir interceptores de esgoto em todos os cursos d'água que chegam à Pampulha por causa do atraso no processo de desapropriação. O prazo inicial de entrega das obras era dezembro do ano passado. De acordo com o gestor da Meta 2014 da Companhia, Valter Vilela Cunha, caso tudo ocorra bem, as obras podem ficar prontas até maio deste ano, destacou. .