Um vereador de Bom Sucesso e o motorista da prefeitura de Itaúna foram presos no início da tarde desta quarta-feira na favela Morro das Pedras, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Os dois foram flagrados por policiais militares depois de comprar cocaína. Para chegar ao aglomerado, usaram um carro oficial da prefeitura de Itaúna. O veículo foi apreendido por estar estacionado em local proibido.
Durante patrulhamento de rotina pela Rua Braz, militares do 22º Batalhão da Polícia Militar encontraram com um Vectra preto estacionado em um local irregular. Dois homens se aproximaram do veículo e, quando viram os policiais, despistaram e começaram descer a via. A dupla foi seguida e, no trajeto, o vereador jogou um micro tubo com cocaína no chão.
Os militares conseguiram alcançar os parlamentar Gledson Junio Paixão Gonçalves (PSDB), de 32 anos, e o motorista da prefeitura de Itaúna, Milton Henrique de Magalhães e Carrico, de 43. No bolso do condutor foram encontrados outros dois tubos com a mesma droga. Ao serem questionados, os dois afirmaram que adquiriram os entorpecentes por R$ 30 cada.
De acordo com a PM, o vereador e o motoristas disseram que se afastaram do carro pois ficaram com vergonha e não queriam envolver a prefeitura de Itaúna na situação, já que o veículo é oficial. O carro foi rebocado por estar estacionado em local proibido. O motorista também foi notificado por causa da ocorrência.
Os dois homens foram encaminhados para a Delegacia Policial do Juizado Especial Criminal (DEAJEC).
Enquanto os dois funcionários estavam no local, o motorista teria ido buscar uma peça de trator na Avenida Nossa Senhora de Fátima. Porém, não foi até a loja e se deslocou até o Morro das Pedras. De acordo com o Departamento de Recursos Humanos da Prefeitura, o motorista era funcionário concursado desde 13 de julho de 2005. Durante todos os anos foram lavradas sete multas de trânsito para ele que teve R$ 942 descontados em seu salário em todo este período.
Funcionários da Câmara Municipal de Bom Sucesso afirmaram que ainda não ficaram sabendo oficialmente sobre o caso. O presidente da Câmara, o vereador Júlio César, não atendeu as ligações do em.com.br para se manifestar sobre o assunto.