A linha convencional do ônibus que faz a conexão entre Belo Horizonte e o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na região metropolitana, já foi assaltada cinco vezes desde o início do ano, duas em janeiro e três neste mês, todas no período da noite.
Os ônibus da linha convencional saem da Rodoviária da capital, no Centro, e têm passagem mais barata que a executiva, que parte de um ponto na Avenida Álvares Cabral. Todos os assaltos foram executados à mão armada, mas ninguém foi agredido, segundo a Polícia Civil. O gestor comercial da Unir informa que o último roubo foi praticado por três homens que embarcaram na rodoviária e anunciaram o assalto na rodovia MG-010, em Vespasiano, Grande BH.
Segundo a delegada Nicole Perim, responsável pelos inquéritos dos outros quatro assaltos, dois deles foram praticados pelo mesmo homem, por volta das 21h30 de 8 de janeiro e das 21h40 de 2 de fevereiro. Ele foi filmado pelo circuito interno dos ônibus, mas ainda não foi identificado. O criminoso embarcou em um ponto próximo ao Hospital Risoleta Neves, em Venda Nova, e anunciou o assalto na MG-010. Ele ordenou que o motorista retornasse a BH e desceu na altura do Bairro Santa Clara, em Vespasiano.
“Para não levantar suspeitas, os criminosos sempre mandam o condutor manter o ônibus em movimento enquanto fazem um verdadeiro arrastão”, relata a delegada. Os outros dois assaltos ocorreram às 20h50 de 9 de janeiro e às 19h15 do último domingo, e foram praticados por duplas. “Também anunciaram o assalto na MG-010 e mandaram o motorista voltar a BH. Não sabemos onde embarcaram ou desceram”, diz Nicole.
Segundo o gestor comercial da Unir, a linha convencional tem 25 ônibus e faz 136 viagens diárias, somados os dois trajetos. Cada veículo tem quatro câmeras. “O número de assaltos aumentou muito, talvez porque os bandidos encontraram facilidade, viram que falta policiamento. Os clientes acham que temos capacidade de resolver, mas não podemos fazer nada”, diz.
Representantes da empresa se reuniram ontem com o diretor de Fiscalização do DER-MG, João Afonso Baeta.
A PM informou em nota que desde o aumento do número de assaltos aos ônibus da conexão para Confins “as operações e blitzes que já eram realizadas foram potencializadas”..