O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negou liminarmente a concessão de liberdade aos médicos Celso Roberto Frasson Scafi, Cláudio Rogério Carneiro Fernandes e o anestesista Sérgio Poli Gaspar acusados de envolvimento em um esquema de tráfico de órgãos em Poços de Caldas, no Sul de Minas. Eles foram condenados pela morte de Paulo Veronesi Pavesi, de 10 anos, que caiu do prédio onde morava, em abril de 2000. Segundo o Ministério Público, o menino foi levado para o pronto atendimento da cidade e, além de passar por procedimentos médicos inadequados, teve os órgãos removidos para transplante por meio de um diagnóstico de morte cerebral forjado.
A liminar para a liberdade foi negada pelo desembargador Flávio Batista Leite, da 1ª Câmara Criminal do TJMG. A decisão será publicada nesta quinta-feira. Para o magistrado, a prisão deve ser mantida para garantir a segurança pública e a segurança do juiz Narciso Alvarenga, que atuou no caso e se disse ameaçado. O desembargador também negou o pedido feito pelos réus, a fim de garantir a boa instrução do processo e a aplicação da lei penal.