Jornal Estado de Minas

Greve de ônibus começa com esquema de segurança da PM em estações e garagens

Categoria reivindica reajuste salarial de 21,5%, jornada de trabalho de seis horas. A paralisação começou à 0h e a PM colocou viaturas nas regiões do Barreiro e Venda Nova

Cristiane Silva Luana Cruz, Paulo Filgueiras, Cristiane Silva, Daniel Camargos, Mateus Parreiras, Pedro Rocha Franco, Luciane Evans, Leandro Couri

Estação Diamante no Barreiro vazia na manhã desta segunda-feira - Foto: Paulo Filgueiras/EM DA Press

A greve dos rodoviários de Belo Horizonte começou à 0h desta segunda-feira sob esquema de segurança da Polícia Militar (PM), que enviou viaturas para garagens e estações de ônibus. O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Belo Horizonte (STTRBH) afirmou que vai manter uma paralisação de 100% dos veículos, mesmo com o alerta do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram) sobre a obrigatoriedade do cumprimento das normas para realização de greve. Em nota divulgada à imprensa, o Sitram informou que a Justiça, através de liminar, determinou a circulação de 70% da frota nos horários de pico e de 50% nos demais horários para todas as linhas do transporte coletivo. Em caso de descumprimento, a multa diária é de R$ 50 mil.

 
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O STTRBH afirma que o presidente não foi notificado sobre a determinação do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, por isso a mobilização é total para a greve. Os trabalhadores aguardam convocação de reunião com as empresas e mantêm a greve enquanto não for apresentada proposta. Ainda conforme o sindicato, as estações Barreiro, Diamante, Venda Nova estão paradas além de garagens pontuais pela cidade como, por exemplo, da empresa Belo Horizonte Transporte Urbano na Rua Professor José Vieira de Mendonça, Bairro Engenho Nogueira, na região noroeste.

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A PM deslocou viaturas para as garagens e estações BH Bus da capital.

Militares do 49º Batalhão, de Venda Nova, estão nas garagens dos bairros Serra Verde, Letícia Santa Mônica, Céu Azul e na Avenida Padre Pedro Pinto, uma das principais da região. Também há viaturas na Estação BH Bus Venda Nova. Até o momento, a movimentação é tranquila, sem registros de ocorrências. Viaturas do 41º Batalhão da PM cobrem as estações Diamante e Barreiro, duas das mais movimentadas da capital mineira. Sindicalistas se encontram no local desde as primeiras horas da madrugada. Os policiais também acompanham as garagens nos bairros Milionário, Tirol, Independência e Cardoso, todas no Barreiro.

A categoria reivindica reajuste salarial de 21,5%, jornada de trabalho de seis horas, ticket de alimentação com 30 folhas no valor de R$ 15 e piso salarial com valor 30% acima do motorista do transporte convencional para os condutores do BRT/Move. A última greve dos rodoviários aconteceu em 2012 e durou quatro dias.

Grande BH

No início da manhã, a movimentação da greve do transporte coletivo era menor em alguns municípios da região metropolitana. Em Contagem, algumas garagens nos bairros Xangrilá, Jardim Laguna, Nova Contagem e na Avenida Bernardo Monteiro solicitaram apoio das viaturas do 18º Batalhão, mas a situação era tranquila. Alguns ônibus circulavam pela cidade pouco antes das 6h.

Em Vespasiano, algumas garagens não estavam funcionando, mas a PM não soube informar a localização delas. Até então não havia protesto. Em Betim, a polícia informou que há viaturas nas garagens do transporte coletivo, mas apesar do chamado do sindicato, os veículos estão saindo e circulando normalmente.

Em Betim, 70% dos veículos estão parados nas garagens e os bairros mais afetados são Alterosas, PTB e Bueno Franco. O sindicato da cidade informou que vai mandar os trabalhadores para casa e vão continuar parados porque também não foram notificados sobre liminar.


- Foto: Arte/Soraia Piva

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