Jornal Estado de Minas

GREVE DOS RODOVIÁRIOS

BHTrans confirma paralisação de 53% das garagens da capital

As estações Barreiro, Diamante, Venda Nova e Vilarinho não estão funcionando. A Estação São Gabriel e as linhas alimentadoras operam precariamente

Luana Cruz, Paulo Filgueiras, Cristiane Silva, Daniel Camargos, Mateus Parreiras, Pedro Rocha Franco, Luciane Evans, Leandro Couri Cristiane Silva

Passageiros perdidos na porta da Estação Diamante, no Barreiro, porque o terminal está totalmente paralisado - Foto: Paulo Filgueiras/EM DA Press

A BHtrans confirmou na manhã desta segunda-feira que as estações Barreiro, Diamante, Venda Nova e Vilarinho estão paralisadas. Segundo o órgão de trânsito, a Estação São Gabriel e as linhas alimentadoras operam precariamente. Cerca de 25% das garagens do transporte coletivo da capital operam normalmente, 22% funcionam parcialmente e 53% estão fechadas.

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Na Estação Diamante, não há presença de motoristas, passageiros ou sindicalistas. Na Estação Venda Nova, as pessoas estão recorrendo a caronas e até perueiros que se aproveitaram da situação para atuar irregularmente na região.

O que se observa nas principais vias da capital são pontos de ônibus lotados. “Não está passando ônibus. Estou no ponto há mais de uma hora”, diz a brochurista Erika Oliveira, que estava na Avenida Raja Gabaglia. “Liguei para a patroa, no Buritis, ela disse que vem me buscar”, explica a babá Marilda Cardoso, na mesma avenida.



Os rodoviários aguardam contato das empresas para negociação. A greve começou a 0h desta segunda-feira, sob esquema de segurança da Polícia Militar (PM), que enviou viaturas para garagens e estações de ônibus. O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Belo Horizonte (STTRBH) afirmou que vai manter uma paralisação de 100% dos veículos, mesmo com o alerta do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram) sobre a obrigatoriedade do cumprimento das normas para realização de greve.

Em nota divulgada à imprensa, o Sitram informou que a Justiça, através de liminar, determinou a circulação de 70% da frota nos horários de pico e de 50% nos demais horários para todas as linhas do transporte coletivo. Em caso de descumprimento, a multa diária é de R$ 50 mil.

Você tem fotos da greve, da movimentação nas estações, pontos de ônibus de BH ou da região metropolitana? Envie para nós pelo jornalismo@uai.com.br. Sua foto pode ser publicada aqui. 

A categoria reivindica reajuste salarial de 21,5%, jornada de trabalho de seis horas, ticket de alimentação com 30 folhas no valor de R$ 15 e piso salarial com valor 30% acima do motorista do transporte convencional para os condutores do BRT/Move. A última greve dos rodoviários aconteceu em 2012 e durou quatro dias.

(Com Guilherme Paranaíba e Tiago de Holanda)

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