Jornal Estado de Minas

Policiamento é reforçado em posto de saúde onde guarda municipal foi baleado em BH

O guarda Leanderson Leonardo de Souza, 32 anos, segue internado em estado grave no Hospital João XXIII

João Henrique do Vale
O policiamento foi reforçado nesta segunda-feira na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no Bairro Primeiro de Maio, Região Norte de Belo Horizonte, onde um guarda municipal e uma técnica de laboratório foram baleados.
Em uma reunião entre funcionários do posto, representantes da Polícia Militar e da Prefeitura de Belo Horizonte, ficou decidido a presença dos militares nos próximos dias no local. O guarda segue internado em estado grave no Hospital João XXIII.

O tumulto na instituição começou por volta das 1h30 desta segunda-feira. De acordo com a Polícia Militar, um homem foi até a porta da UPA, na Rua Oscar Lodo Pereira, pedindo para visitar um paciente internado. Ele estava acompanhando de dois colegas, mas foi autorizada a entrada de apenas um deles, o que gerou confusão. Conforme a corporação, os três foram insistentes, mesmo com a orientação do guarda e do porteiro para aguardarem do lado de fora.

Durante o tumulto, o guarda colocou a mão na cintura, sacou a arma taser e disparou.
Em resposta, um dos homens atirou contra o funcionário da segurança e ainda atingiu a técnica que estava na portaria da UPA. O guarda Leanderson Leonardo de Souza, 32 anos, foi atingido por três tiros no braço, peito e costas. A outra vítima, Carmem Maria Rangel Santos, 53 anos, foi baleada nas nádegas. Os dois feridos foram socorridos na própria unidade de saúde e depois encaminhados para o Hospital João XXIII. A polícia já identificou o suspeito de atirar no guarda.

Após o incidente, houve uma reunião entre funcionários da UPA, representantes da PM e da Prefeitura de Belo Horizonte, além do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindbel). “Foi acertado com os trabalhadores que hoje e nos próximos dias, a Upa terá uma cobertura permanente da Polícia Militar e da Guarda Municipal. Também ficou definido acompanhamento psicológico dos trabalhadores”, explicou o presidente do Sindbel, Israel Arimar de Moura.

O sindicato pretende pedir medidas ao governo do estado para conter a violência no entorno das UPAs. “Esses servidores atuam em áreas de risco. O que aconteceu hoje já era previsto. Nos últimos meses tivemos vários casos de pessoas que foram agredidas em seus locais de trabalho. Também há a violência no entorno, como tiroteios e ações de bandidos que colocam insegurança aos trabalhadores”, afirma Moura.


Em nota, a Guarda Municipal lamentou o ocorrido com o agente Leanderson Souza. Segundo a corporação, o fato já está sendo apurado e todas as providências para prisão do autor já estão sendo adotadas. Também salientou que em 11 de existência, a Guarda Municipal registrou três casos de agentes baleados durante o serviço e, em nenhum deles, houve óbito ou sequelas permanentes.

De acordo com o Hospital João XXIII, o guarda está entubado e seu estado de saúde é grave, porém estável.

(Com informações de Luana Cruz)
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