O tumulto na instituição começou por volta das 1h30 desta segunda-feira. De acordo com a Polícia Militar, um homem foi até a porta da UPA, na Rua Oscar Lodo Pereira, pedindo para visitar um paciente internado. Ele estava acompanhando de dois colegas, mas foi autorizada a entrada de apenas um deles, o que gerou confusão. Conforme a corporação, os três foram insistentes, mesmo com a orientação do guarda e do porteiro para aguardarem do lado de fora.
Durante o tumulto, o guarda colocou a mão na cintura, sacou a arma taser e disparou.
Após o incidente, houve uma reunião entre funcionários da UPA, representantes da PM e da Prefeitura de Belo Horizonte, além do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindbel). “Foi acertado com os trabalhadores que hoje e nos próximos dias, a Upa terá uma cobertura permanente da Polícia Militar e da Guarda Municipal. Também ficou definido acompanhamento psicológico dos trabalhadores”, explicou o presidente do Sindbel, Israel Arimar de Moura.
O sindicato pretende pedir medidas ao governo do estado para conter a violência no entorno das UPAs. “Esses servidores atuam em áreas de risco. O que aconteceu hoje já era previsto. Nos últimos meses tivemos vários casos de pessoas que foram agredidas em seus locais de trabalho. Também há a violência no entorno, como tiroteios e ações de bandidos que colocam insegurança aos trabalhadores”, afirma Moura.
Em nota, a Guarda Municipal lamentou o ocorrido com o agente Leanderson Souza. Segundo a corporação, o fato já está sendo apurado e todas as providências para prisão do autor já estão sendo adotadas. Também salientou que em 11 de existência, a Guarda Municipal registrou três casos de agentes baleados durante o serviço e, em nenhum deles, houve óbito ou sequelas permanentes.
De acordo com o Hospital João XXIII, o guarda está entubado e seu estado de saúde é grave, porém estável.
(Com informações de Luana Cruz).