Jornal Estado de Minas

Apesar da greve, número de viagens de ônibus aumenta em BH na tarde desta terça-feira

De acordo com a BHTrans, 58% das viagens programadas para esta terça-feira estão acontecendo

João Henrique do Vale Luana Cruz, Paulo Filgueiras, Cristiane Silva, Daniel Camargos, Mateus Parreiras, Pedro Rocha Franco, Luciane Evans, Leandro Couri

Garagens das empresas ficaram lotadas de veículos na manhã desta terça-feira - Foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press


Aos poucos, o número de ônibus nas ruas da capital mineira vai crescendo neste segundo dia de paralisação. De acordo com o boletim da BHTrans, divulgado às 14h, 58% das viagens programadas para esta terça-feira estão acontecendo. O índice é 11 % maior do que o balanço anterior, divulgado por volta das 12h.

Veja as imagens da greve na Grande BH

De acordo com a empresa que administra o trânsito da capital mineira, houve aumento também nas linhas do sistema que operam normalmente, ou seja, cumprindo 70% das viagens programadas. No boletim de 12h eram 34% dos carros, no último balanço este número subiu para 44%.

 

Como consequência do aumento, houve diminuição das linhas que funcionam de forma precária, sem cumprir nem 30% das viagens. O percentual de carros nesta situação caiu de 36% para 28%.

A Estação Venda Nova, um dos terminais que estava parado desde o início da greve dos rodoviários na segunda-feira, voltou a funcionar operando com 35% das viagens programadas. Segundo a BHTrans, continuam fechadas apenas as estações Barreiro, Diamante e Vilarinho.

As estações São Gabriel e José Cândido estão com movimento normal desde cedo.

Uma audiência de conciliação entre trabalhadores e empresas de transporte está marcada para 16h30 de hoje no Tribunal Regional do Trabalho. Motoristas e cobradores reivindicam reajuste salarial de 21,5%, jornada de trabalho de seis horas, ticket de alimentação com 30 folhas no valor de R$ 15 e piso salarial com valor 30% acima do motorista do transporte convencional para os condutores do BRT/Move.

Nesta terça-feira, a Polícia Militar registrou casos de vandalismo com depredação de veículos das linhas 901, 9202 e 9407 na região leste. O trânsito também ficou complicado por causa do elevado número de carros que foram para as ruas em decorrência da falta de coletivos. Pelo segundo dia, a mobilização dos profissionais do transporte prejudicou o atendimento em restaurantes populares, que ficaram sem funcionários para cozinha e servir as refeições.

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