Desde o início da manhã, aproximadamente 50 policiais federais de Varginha e Pouso Alegre, cumpriram seis mandados de prisão e quatro de busca e apreensão. Entre os presos, estão, além dos policiais, dois bicheiros, um comerciante e um empresário. “O objetivo do mandado era porque o grupo estava se reorganizando e também para manter a ordem pública e evitar que testemunhas sejam intimidadas. Visamos dissipar o grupo antes que eles arrebatam outras pessoas para retomar os jogos”, explica o delegado federal João Carlos Girotto, responsável pelas ações.
Em novembro do ano passado, a primeira etapa da operação Jackpot terminou com a prisão de empresários, comerciantes, servidores públicos e outras pessoas ligadas diretamente à organização criminosa. Eles são suspeitos de comandar três núcleos do jogo do bicho, denominados “Barões do Jogo”, que atuam no Sul de Minas. As apostas eram processadas em locais chamados de “Fortalezas”.
O grupo atuava em Varginha, Elói Mendes e Pouso Alegre. Entre os presos está um empresário que fazia a lavagem de dinheiro do bando. “Ele lavava o dinheiro por meio de motéis, revenda de carro e outras empresas de fachada”, comenta o delegado. O alvo das investigações agora é desmantelar os locais onde eram vendidas as apostas. “Nesta sexta-feira, o Ministério Público Estadual vai entrar com uma ação pleiteando o fechamento dos comércios que faziam a venda de apostas para o jogo do bicho”, afirma Girotto.
Os acusados foram presos preventivamente e devem ficar na cadeia até o julgamento..