Jornal Estado de Minas

Motoboy que confessou ter matado manicure é condenado por outro assassinato

Gilmar Vítor da Paixão, de 36 anos, foi julgado nesta sexta-feira e pegou 14 anos de prisão por homicídio. A prisão preventiva para o homem foi expedida pela Justiça

João Henrique do Vale Andréa Silva
Gilmar Vítor foi preso nessa quinta-feira - Foto: Elói Oliveira/TV Alterosa
O motoboy Gilmar Vítor da Paixão, de 36 anos, que confessou em uma rede social ter matado a esposa, a manicure Fernanda Nagia da Silva, de 29, foi condenado por outro homicídio nesta sexta-feira. O homem foi julgado pela juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues durante um mutirão da Justiça. Ele respondia pelo assassinato do mecânico Emerson Lúcio da Silva, ocorrido em 2005. A prisão preventiva do criminoso também foi decretada. A Polícia Civil passou detalhes sobre a morte de Fernanda.

A informação da condenação do motoboy foi confirmada pela juíza Marixa Rodrigues por meio do Facebook. A magistrada informou que o homem foi condenado a 14 anos de prisão por homicídio por motivo torpe. Também afirmou que a prisão preventiva foi decretada em plenário.
Na audiência, Gilmar Paixão confessou ter matado o mecânico. Ele ainda responde por outro homicídio.

Gilmar foi preso na noite passada e estava sendo procurado desde a última segunda-feira, quando desapareceu com o filho dele e de Fernanda, um menino de 7 anos. No dia seguinte, o corpo da mulher, que estava sumida desde o dia 20, foi localizado enterrado em um lote vago que fica em frente ao imóvel onde o casal vivia, às margens da Avenida Cristiano Machado, no Bairro Guarani, na Região Norte de Belo Horizonte. O crime teria sido motivado pelo pedido de separação que a mulher havia feito ao motoboy.

De acordo com a Polícia Militar, após receber a denúncia de que o suspeito estava escondido na casa da mãe, na Rua Guararapes, no Pindorama, os militares do 34º Batalhão foram para o local. A mãe do motoboy, Clarisse Vitor Paixão, tentou atrasar a entrada dos militares no imóvel para que o filho fugisse. Para isso, ela deu um golpe na cabeça de um policial, que ficou com um corte na testa. Gilmar resistiu à prisão e machucou o pé, mas acabou dominado. Com ele foi encontrada uma bucha e uma porção de maconha.

Manicure foi encontrada enterrada no quintal de casa - Foto: Reprodução /TV AlterosaInvestigações

O delegado Thiago Saraiva, da Delegacia de Pessoas Desaparecidas de Belo Horizonte, esclareceu, na tarde desta sexta-feira, alguns pontos do assassinato da manicure. Segundo ele, o corpo de Fernanda foi reconhecido informalmente pela família. As causas da morte ainda são apuradas, pois não há marcas de facadas e nem de tiros no cadáver. A polícia suspeita que a mulher tenha sido espancada ou esganada até a morte.


Em relação a prisão do suspeito, que foi ouvido na última sexta-feira antes de ser preso, o delegado diz que já suspeitava que ele era o assassino, porém, não pôde prendê-lo por falta de provas. “Já tinha o conhecimento que ela havia sido morta. Suspeitamos dele, pois estava com arranhões no rosto e no braço. Ao ser questionado, disse que se cortou ao fazer a barba”, explicou.

O pedido de prisão preventiva foi feito nessa quinta-feira, porém só foi expedido na manhã desta sexta-feira. .