De acordo com o comandante do 8º Pelotão da Polícia Militar (PM) de Itamonte, sargento Adriano Fernandes Carli, a população está abalada. “Todos entendem que este não é um momento de festa”, disse. Para prevenir qualquer tipo de retaliação, o município recebeu reforço de viaturas e policiais do 57º Batalhão da PM de São Lourenço e da 17ª Região da PM, em Pouso Alegre.
Ainda segundo o sargento, as ações de prevenção continuam, apesar de não haver suspeita de foragidos na região. “O trabalho agora é para retomar a tranquilidade pública, que foi quebrada, e acalmar a comunidade”, afirmou o policial.
A decisão de adiar o carnaval partiu da administração municipal, com recomendação do Ministério Público. Por já ter contratos com grupos de música e empresas que montariam as estruturas de palco, foi definido que um carnaval fora de época será realizado na cidade.
Depois da operação montada pelas polícias Civil de Minas e São Paulo e pela PM mineira, a polícia suspeitava que o grupo que agiu em Itamonte pudesse chegar a 20 pessoas. No balanço inicial, oito foram mortos em Itamonte e quatro foram presos. Dois dias depois, outro acusado morreu depois de troca de tiros com a polícia em uma rodovia de São Paulo. Ele e um comparsa haviam sequestrado um taxista que foi obrigado a dirigir durante a fuga de Itamonte. O outro acusado foi preso. O sexto suspeito a ser detido foi encontrado em Cambuquira, também no Sul de Minas. As polícias Civil de Minas e São Paulo continuam trabalhando para prender o restante da quadrilha, que deve chegar a 25 pessoas.