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Estado de Minas

Autoria de assassinato de motorista de táxi em BH ainda é mistério

Motorista foi morto a tiros no Taquaril, mas aparentemente nada foi roubado. Na Região Norte, condutor foi assaltado e teve o táxi levado


postado em 05/03/2014 00:12 / atualizado em 05/03/2014 08:06

Depois de esforços sem sucesso para encontrar parentes da vítima ou dono do carro, táxi foi removido para pátio do Detran (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Depois de esforços sem sucesso para encontrar parentes da vítima ou dono do carro, táxi foi removido para pátio do Detran (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)

Dois taxistas foram vítimas de violência na madrugada dessa terça-feira em Belo Horizonte. Em um dos casos, o motorista Jorge Mello de Souza, de 56 anos, foi assassinado a tiros na altura do km 9 da Avenida Country Club, no Bairro Taquaril, na Região Leste. O crime ocorreu em um ponto deserto da via, conhecida como antiga estrada de Sabará. De acordo com a Polícia Militar, testemunhas disseram ter ouvido três disparos por volta de 3h e em seguida se depararam com o homem baleado. Ele estava caído no chão, já sem vida, a cerca de 50 metros do táxi placa HLB 4586, de BH. A segunda ocorrência foi registrada no Bairro Floramar, na Região Norte, onde o taxista teve o veículo levado por assaltantes.


No caso do assassinato, até a tarde de ontem a polícia não sabia qual a motivação para o crime, mas chegou a descartar, em um primeiro momento, a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte), já que pertences de Jorge estavam dentro do carro. Foram encontrados documentos, celular e R$ 100 na carteira. O corpo de Jorge foi levado para o Instituto Médico Legal (IML), no Bairro Gameleira. A Polícia Civil vai investigar o caso.

“Penso que ele deveria estar com três passageiros já que as quatro portas do carro estavam abertas. Desconfio que ele estava sendo assaltado e quando chegou nesse ponto da avenida, que é muito escuro, ele desligou o carro e saltou para tentar fugir”, supôs um morador do local. Ele diz que antes dos disparos não ouviu pedidos de socorro nem gritos, e que foi o vizinho, que também é taxista, quem ligou para a PM. Segundo ele, há alguns meses quando passava pelo trecho ele se surpreendeu com um taxista correndo, dizendo que estava sendo assaltado por um homem armado com uma faca.

Durante toda a manhã militares tentaram localizar familiares do taxista, que era motorista auxiliar. O cadastro do carro tem endereço de Contagem, onde moraria o taxista identificado como dono da placa. No entanto, o homem é falecido. Segundo a ocorrência policial, consta no sistema do Detran que o veículo está com impedimento judicial, justamente por esse motivo. Já que ninguém compareceu para retirar o carro, ele foi levado pelo reboque para o pátio na Avenida Belém, no Bairro Esplanada. A PM também esteve em outros três endereços, entre eles um no Bairro São Geraldo, onde o taxista residia, mas ninguém foi localizado.

Um dos pontos de táxi em que Jorge trabalhava era o da Praça Duque de Caxias, no Bairro Santa Tereza. Colegas dele que estavam a serviço ontem contaram que o motorista era uma pessoa tranquila, sem vícios e que não relatava ter inimigos. “Ele ficava aqui no ponto. Gostava de trabalhar mais de madrugada. Tinha um violão no porta-malas e quando era possível tocava para a gente”, contou o taxista Maurício Rungui Casal, de 71. Segundo ele, a categoria tem trabalhado apreensiva, especialmente à noite, devido aos episódios de violência contra taxistas.

ASSALTO
Também na madrugada de ontem, três pessoas foram presas depois de assaltarem um taxista no bairro Floramar, na Região Norte de Belo Horizonte. Segundo a vítima, o grupo formado por Bruno de Freitas Coelho, de 44 anos, Tiago Coelho dos Santos, de 28 e Sâmia Daniele Maia da Silva, de 33, entrou no carro e pediu uma corrida até o Bairro Cristina. Pouco depois o trio anunciou o assalto, determinou que o taxista descesse e fugiu levando o veículo.

A vítima acionou a PM e os ladrões foram localizados no Bairro Xodó Marize, também na Região Norte da capital. Durante a perseguição, o veículo foi abandonado e os três tentaram fugir pelas margens de um córrego até a avenida Cristiano Machado, onde foram detidos. Com o grupo havia pedras de crack. Foram recuperados um GPS e o celular da vítima.

Memória

Duas mortes em menos de 20 dias

No dia 15 de fevereiro outro taxista foi morto em Belo Horizonte. Sebastião da Silva Dias, de 50 anos, foi esfaqueado por Filipe Leão Mota, de 20. O crime ocorreu no fim de um sábado e o jovem foi preso no domingo, após confessar o homicídio para a mãe e ser denunciado por ela. O crime foi registrado como latrocínio (roubo seguido de morte). Mota já tinha passagens pela polícia por tráfico de drogas e roubo, inclusive contra taxistas. Curiosamente, ele é filho de um taxista que foi assassinado em 1998.


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