De acordo com a Polícia Civil, o lote alvo da disputa fica no mesmo bairro onde o crime aconteceu, na esquina com a Avenida Antônio Carlos. Pai e filho moravam em uma casa atrás desse lote. João, que era cabeleireiro, pretendia vender alimentos no local pois o terreno era uma área pública da prefeitura. Ele começou a capinar o lote para preparar o espaço e chamou a atenção de José Eustáquio, que alegou que era dono da área. Era setembro de 2012 e eles brigaram pela primeira vez.
Conforme a investigação, José Eustáquio mandou o filho Marcellus matar a vítima, com quem havia discutido mais cedo naquele dia. Determinado a executar o crime, o rapaz foi levado de carro até o local por Tiago Matias dos Santos. Ele parou o carro na contramão e Marcellus desembarcou, armado. Ele atirou quatro vezes contra João, que estava limpando o lote acompanhado de quatro adolescentes, que fugiram assustados. O cabeleireiro chegou a ser socorrido por uma viatura da Polícia Civil que passava pela rua no momento do crime e viu os menores correndo, mas ele acabou morrendo no Hospital Odilon Behrens. Câmeras de segurança flagraram toda a ação no local do crime.
As investigações levaram à descoberta da briga por causa do terreno. Os três suspeitos foram indiciados pela morte e chegaram a ficar presos por 30 dias, mas foram liberados após o prazo de prisão temporária. Já em liberdade, pai e filho começaram a contar vantagem do crime, dizendo que o processo não teria resultado. A família da vítima passou a sofrer ameaças. De acordo com a Polícia Civil, João é irmão de uma delegada de Betim e Marcellus chegou a dizer que pretendia fazr uma tatuagem de palhaço – símbolo de que o criminoso já matou policiais. Na semana, a Justiça determinou a prisão de José Eustáquio e do filho. .