Os réus já haviam tentado um habeas corpus neste ano, mas o pedido foi negado pelo desembargador Flávio Batista Leite, da 1ª Câmara Criminal do TJMG. O magistrado alegou que a prisão deve ser mantida para garantir a segurança pública e a segurança do juiz Narciso Alvarenga, que atuou no caso e se disse ameaçado. Os advogados entraram com um novo recurso que foi aceito.
De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), Celso Scafi e Cláudio Fernandes deixaram o Presídio de Poços de Caldas às 19h30 de sexta-feira depois que os advogados deles levaram o alvará de soltura até a unidade prisional.
O pedido de prisão preventiva dos médicos foi feito pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Poços de Caldas, Narciso de Castro, que condenou Scafi e Fernandes a 18 e 17 anos de prisão, em fevereiro de 2013, pela morte do garoto. Segundo o Ministério Público, o menino foi levado para o pronto atendimento da cidade e, além de passar por procedimentos médicos inadequados, teve os órgãos removidos para transplante por meio de um diagnóstico de morte cerebral forjado.
Outro envolvido no caso, o anestesista Sérgio Poli Gaspar, foi condenado a 14 anos de prisão e também teve a prisão decretada.
Vitória da Justiça
Essa foi a segunda vitória na Justiça de Scafi e Fernandes em menos de 15 dias. Em 26 de fevereiro, os desembargadores da 3ª Vara Criminal julgaram recurso de quatro médicos condenados por remoção irregular de órgãos e tecidos de um paciente em 2011, no Sul de Minas Gerais, e diminuiu a pena de todos os réus para 5 anos. Além dos dois, foram julgados João Alberto Goés Brandão, de 44 anos, e Alexandre Crispino Zincone, de 48. .