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Estado de Minas

Passageiros enfrentam lentidão e coletivo cheio na volta para a casa

Engarrafamentos na área central deixam viagens demoradas


postado em 11/03/2014 06:00 / atualizado em 11/03/2014 07:08

A volta para casa no Move também foi problemática. Passageiros enfrentaram viagens demoradas, devido aos engarrafamentos na área central, nos trechos em que ônibus articulados não contam com corredor exclusivo. Antes de pegar o tráfego livre na Cristiano Machado, os motoristas dos novos veículos enfrentaram filas de coletivos convencionais que deixavam o túnel para pegar as pistas laterais.

Passageiros da linha 83D (Centro/São Gabriel, sem parar) enfrentaram viagens demoradas. O principal vilão foi o congestionamento nos cruzamentos. Apesar das pistas exclusivas, o BRT teve que disputar espaço com coletivos convencionais. Muitos invadiram as faixas destinadas ao Move sem punição de agentes. Quem chegou no fim da tarde na Avenida Santos Dumont teve de perguntar onde deveria esperar o ônibus, já que a maioria das estações estava fechada. Um funcionário da BHTrans confirmou que os cartões BHBus deram problema nas catracas. No terminal, apenas uma funcionava para entrada de passageiros, o que gerou filas. Quando o ônibus se alinhou à plataforma, os usuários alertavam sobre o vão de cerca de 20 centímetros entre o veículo e a estação.

A manicure Glauciene Nazaré, de 25 anos, que levou 15 minutos para chegar do São Gabriel ao Centro pela manhã, não sabia o que a esperava às 18h: superlotação e lentidão. “Peguei para experimentar e gostei”, contou,  antes de embarcar. “Ônibus muito cheio, apesar do ar-condicionado, causou desconforto com muitas pessoas em pé”, avaliou o professor da Fumec Márcio Aguiar, engenheiro civil e especialista em transporte e trânsito, que acompanhou uma viagem da linha 83D. Ele teme também que os passageiros passem a demorar mais para chegar em casa, por causa de congestionamentos, como os encontrados ontem.

Enquanto isso, o motorista do ônibus avisava que o tempo previsto era de 25 minutos no horário de pico e confirmou que muitos passageiros ainda estavam confusos com o novo sistema. “Muitos perguntam sobre os pontos. E os pedestres atravessam as avenidas sem olhar. Tenho que buzinar toda hora”, contou Bruno Alves Dornelas, de 27 anos. A travessia fora da faixa foi uma constante, o que atrapalhou o andamento da viagem.

Mais à frente, em uma estação na Avenida Paraná com a Rua Tamoios, uma porta não abriu. Muitos andaram pela plataforma, correndo o risco de cair. “É muita confusão. Não tem fila, é uma aglomeração de pessoas que não aguardam as outras saírem. Deu pane nos televisores que avisam o horário. E está demorando um pouco. Esperei mais de 10 minutos”, disse o diagramador Ricardo Tadeu Profeta, de 48 anos, que trocou o metrô pelo BRT.

Foram 22 minutos somente no Centro. Os outros 28 na Avenida Cristiano Machado, onde os ônibus normais invadiram a pista exclusiva do Move, parando o trânsito. Apesar do ar-condicionado, os passageiros amontoados no veículo lotado, com cerca de 150 pessoas a bordo, suavam. Quando os corredores foram abertos, um susto: mesmo com um agente de trânsito, um carro cruzou a avenida na Rua Jacuí e quase bateu no Move. “Cadê a BHTrans? Como a prefeitura entrega se não tem condição? Está pior que o ônibus”, indagou o professor Marcílio Rodrigues Gomes, de 35, que pediu para descer antes do destino final.

“O Move é um passo, mas vamos continuar com problemas no transporte coletivo. O sistema subterrâneo ou aéreo é o que tem mais eficiência porque opera livre”, avaliou o especialista Márcio Aguiar.


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