O juiz da Primeira Vara Criminal de Poços de Caldas, no Sul de Minas, Narciso Alvarenga Monteiro de Castro, anunciou na segunda-feira outras medidas cautelares para os médicos Celso Frasson Scafi e Cláudio Rogério Carneiro Fernandes, condenados a 18 e 17 anos de prisão pela retirada ilegal de órgãos do menino Paulo Veronesi Pavesi, 10 anos, que caiu do prédio onde morava, em abril de 2000. Outro envolvido no caso, o anestesista Sérgio Poli Gaspar, foi condenado a 14 anos de prisão e também teve a prisão decretada, porém não foi localizado.
Conforme o juiz, os médicos estão em liberdade no caráter liminar, após hábeas corpus concedido na última sexta-feira, dia em que deixaram a cadeia. No entanto, estão proibidos de deixar a cidade por mais de 15 dias sem expressa autorização da Justiça e ficam impedidos de acessar a Santa Casa, local onde aconteceu o crime contra a criança. Além das medidas cautelares, o magistrado anunciou que vai enviar ofício para Câmara Municipal de Poços de Caldas pedindo apurações sobre uso irregular de verbas no hospital, nepotismo e contratações sem seleção.