A Polícia Civil de Uberlândia apresentou nesta terça-feira 11 dos 15 presos ontem na Operação Canto da Sereia, contra o roubo de cargas e veículos de grande porte nas rodovias do Triângulo Mineiro. As investigações começaram há aproximadamente seis meses. Entre os presos está um homem suspeito de integrar o Primeiro Comando da Capital (PCC).
O nome da operação faz referência às criaturas mitológicas que atraíam as embarcações para naufragarem. De acordo com o delegado Eduardo Leal, responsável pelas investigações, os criminosos mandavam mulheres de boa aparência para alguns pontos da rodovia. Elas pediam carona para os motoristas, que paravam os caminhões e deixavam que elas embarcassem, facilitando a abordagem da vítima pelos homens armados. Logo em seguida, os assaltantes levavam os motoristas para um cativeiro às margens da rodovia e o mantinham refém durante horas, enquanto um dos criminosos ligava um aparelho que inibe sinais de rastreadores de caminhão.
Os veículos eram levados para Araçatuba, em São Paulo.
Foram expedidos 20 mandados de prisão e 18 de busca e apreensão contra 15 pessoas. Os mandados foram cumpridos na segunda-feira em uma operação nas cidades de Araçatuba e Uberlândia. A ação culminou na prisão do empresário de 49 anos, dono de dois postos de combustíveis em Uberlândia e de um homem de 36 anos apontado como líder do PCC na região de Araçatuba. Outro empresário também foi detido. “Um dono de uma loja de autopeças de caminhão lá em Araçatuba, uma das maiores lojas de lá. Ele encomendava as peças (dos criminosos) ao invés de adquirir por meios lícitos. Ele tinha clientes para certas peças específicas”, explica o delegado Leal.
Dos 15 presos, 11 foram apresentados hoje. Os outros estão detidos em outros presídios do Triângulo e em São Paulo.