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Estado de Minas

Abordagem de PMs a vereador termina em confusão em Juiz de Fora

De acordo com a PM, o parlamentar reagiu à abordagem e teve de ser contido. Wanderson Castelar Gonçalves (PT) afirma ter sido agredido


postado em 11/03/2014 15:17 / atualizado em 11/03/2014 15:55

Um inquérito deverá ser aberto para investigar uma abordagem de militares do 2º Batalhão da Polícia Militar de Juiz de Fora, na Região da Zona da Mata, que terminou em confusão envolvendo um vereador da cidade. De acordo com o boletim de ocorrência, Wanderson Castelar Gonçalves (PT), que é presidente da Comissão de Segurança da Câmara, desacatou a ordem dos policiais e também reagiu à prisão. O parlamentar nega a versão e diz que acabou agredido pelo comandante da guarnição, que está envolvido na ocorrência.


O tumulto aconteceu na madrugada desta terça-feira, no Centro de Juiz de Fora. De acordo com o boletim de ocorrência (BO), o carro do vereador, um Gol, estava parado na Avenida Rio Branco. Os miliares suspeitaram e fizeram a abordagem. Segundo a PM, os policiais solicitaram que Castelar se identificasse, o que teria sido negado, a princípio.

Em seguida, conforme o boletim de ocorrência, o parlamentar entregou os documentos e não esperou a consulta no sistema da polícia. Os militares alegam que ele começou a andar e a falar alto que “não seria preso porcaria nenhuma”. Na versão da PM, foi solicitado que o vereador aguardasse, pedido que teria sido negado. Diante disso, os policiais imobilizaram Castelar. De acordo com a PM, foi preciso usar força moderada, já que ele reagiu.

A versão do boletim de ocorrência é contestada pelo vereador. Segundo ele, o carro teve de ser estacionado na avenida por causa de problemas mecânicos. “Eu estava seguindo para minha casa depois de um lanche na casa de amigos, inclusive policiais. Quando passei pela Avenida Rio Branco, meu carro morreu. Desci para pedir ajuda e acabei abordado”, explica o parlamentar.

Conforme Castelar, logo que foi solicitado, ele entregou o documento de identificação. Também relata que não fugiu. “Me identifiquei sem falar que era vereador e sofri uma abordagem extremamente ríspida. Eu estava no meio da rua e o sinal abriu. Por isso, retornei para a calçada e o militar, que estava no outro lado, disse que eu estava fugindo. Ele se atirou contra mim e me deu uma gravata usando um cassetete”, conta o vereador.

No boletim de ocorrência consta que dois taxistas, que teriam presenciado a cena, confirmaram a versão da PM. Fato também contestado pelo vereador. “Eles foram lá no ponto de táxi, sendo que havia duas pessoas esperando ônibus bem próximo do local da confusão. Os primeiros militares não conseguiram convencer os taxistas, que só decidiram ir até a delegacia depois que o comandante da guarnição foi conversar com eles”, afirma.

O parlamentar vai pedir um exame de corpo de delito, pois diz que sofreu escoriações e reclamava de dores no peito e nas costas.


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