A suspeita da equipe médica aconteceu no último fim de semana. O idoso estava internado na unidade de saúde há dois meses para tratar de um câncer no intestino. Ele passou por cirurgia e acabou contraindo uma infecção. Foram ministrados antibióticos ao paciente, mas ele não reagiu.
Logo que foi identificada a suspeita, o hospital tomou as medidas cabíveis. O paciente foi isolado e recebeu as medicações adequadas. No isolamento, o homem recebe tratamento diferenciado. Também é monitorado pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH).
O diretor clínico do hospital, Márcio Sales, e o coordenador, infectologista Estevão Urbano Silva, afirmaram que não há motivos para alarde, já que, as superbactérias, que são mutações que acontecem com as bactérias que as tornam mais fortes e resistente aos antibióticos, estão presentes em quase todas unidades de saúde. “Não entendo essa repercussão, pois acontece muito mais mortes de pacientes com bactéria comuns do que com a superbactéria”, explicou Urbano.
Em fevereiro, houve outros casos de superbactéria em Minas. O Hospital Aroldo Tourinho, de Montes Claros confirmou que três pacientes morreram contaminados pela KPC, muito resistente a antibióticos. Ao todo, nove pessoas foram infectadas pela no hospital.
Informações sobre a KPC
A superbactéria KPC foi identificada em um hospital da Carolina do Norte (EUA) em 2001. No Brasil, ela foi detectada pela primeira vez em 2006.