O médico anestesista Sérgio Poli Gaspar, que é um dos acusados de envolvimento em um esquema de tráfico de órgãos em Poços de Caldas, no Sul de Minas, se entregou à polícia. O profissional de saúde estava foragido desde 6 de fevereiro. Na ocasião, as prisões de Celso Roberto Frasson Scafi e Cláudio Rogério Carneiro Fernandes, que foram soltos na sexta-feira, também foram decretadas. De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), Gaspar deu entrada no presídio da cidade às 6h desta terça-feira.
Na quinta-feira, Scafi e Fernandes, que estavam presos desde 6 de fevereiro, conseguiram um habeas corpus no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Na sexta-feira, eles deixaram o presídio às 19h30. Como Gaspar não foi localizado desde a decretação da prisão, ele era considerado foragido. O recurso conseguido pelos outros réus não o beneficia.
Mesmo soltos, os médicos terão de seguir algumas medidas. O juiz da Primeira Vara Criminal de Poços de Caldas, Narciso Alvarenga Monteiro de Castro, anunciou que Scafi e Fernandes estão proibidos de deixar a cidade por mais de 15 dias sem expressa autorização da Justiça e impedidos de acessar a Santa Casa, local onde aconteceu o crime contra a criança.
Além das medidas cautelares, o magistrado anunciou que vai enviar ofício para Câmara Municipal de Poços de Caldas pedindo apurações sobre uso irregular de verbas no hospital, nepotismo e contratações sem seleção.(Com informações de Luana Cruz)