A Polícia Civil prendeu o suspeito de matar Bruno Juvêncio Gonçalves de Oliveira, conhecido como Bruninho dentro de um ônibus em Santa Luzia, na Grande BH. O atirador é Rafael Fernando de Jesus Silva, o Rafinha, que já havia sido identificado por meio das imagens das câmeras de segurança do coletivo e acabou preso em cumprimento de mandado de prisão no sábado de carnaval. O assassino e a vítima tinham um rixa ligada à guerra do tráfico de drogas no Bairro Baronesa.
O crime aconteceu na tarde de 11 de fevereiro deste ano quando Bruno estava sentado em uma poltrona do fundo do coletivo da linha 4400 (Luxemburgo / Belo Horizonte). Ele foi surpreendido por Rafael, que entrou tranquilamente no veículo pela porta da frente. As imagens do coletivo mostram o atirador passando por várias pessoas que estavam em pé. Ele paga a passagem e, em seguida, atira quatro vezes contra o rival na frente de outros passageiros. Rafael desce do coletivo e foge.
Prisão
No dia 1º de março, Rafael e dois comparsas assaltaram uma casa em Sete Lagoas, na Região Central de Minas. Eles levaram uma guitarra, eletrodomésticos, videogames, computadores e fugiram no Palio Weekend da dona da casa. Na fuga, os assaltantes foram flagrados pela PM. Dois deles conseguiram escapar, mas Rafael foi preso dentro do carro, no banco de trás. Com ele havia um revólver calibre .38 com munição deflagrada, arma usada para matar Bruno, conforme apontou a investigação da polícia. Rafael estava morando na cidade, na casa de uma tia.
Os militares consultaram a ficha de Rafael e viram que ele tinha mandado de prisão em aberto. Os policiais da Delegacia de Santa Luzia foram em busca dele na cidade vizinha, quando foram informados da prisão. De acordo com o delegado Xavier, Rafael é de um gangue conhecida como “ Telhadão” e Bruno do grupo “Favelinha”. Os dois bandos vivem em guerra pela disputa de bocas de fumo, o que motivou o assassinato. Rafael já tem passagens por tráfico de drogas e porte ilegal de armas. A polícia investiga a participação dele em outros assassinatos.
Confissão
Em apresentação à imprensa nesta quinta-feira, Rafael confessou o crime e disse que o mundo do crime o ajudou a viver. Ele contou que, na adolescência, viu a mãe ser assassinada pelo padrasto. Se mudou para Santa Luzia, após a perda e tentou se matricular em uma escola da cidade. Porém, não tinha o histórico escolar, o que impediu a entrada na instituição de ensino. Rafael não conseguiu emprego e resolveu entrar para o tráfico de drogas.