Integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) deixaram o prédio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, na Rua Espírito Santo, no Centro de Belo Horizonte, na tarde desta sexta-feira, depois de uma reunião com representantes da pasta. O grupo, de aproximadamente 200 pessoas, vai fazer uma passeata até a sede da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), no Bairro Santo Agostinho, Região Centro-Sul. A manifestação pode deixar o trânsito lento.
O protesto lembra o Dia Internacional da Luta Contra as Barragens, que é comemorado nesta sexta-feira. O grupo também se reuniu com representantes da secretaria para negociar uma política de assistência às famílias atingidas por barragens e minerodutos no estado. “Foi bastante discutida a pauta das comunidades e deram alguns encaminhamentos gerais. Nós achamos ainda que está bem aquém do necessário, mas valeu a pena”, explicou Thiago Alves, da coordenação do MAB.
Dentre as propostas discutidas, duas foram bem recebidas pelos manifestantes. “Pedimos a presença de órgãos ambientais com relação as empresas que são donas das áreas ocupadas para cumprir licenças ambientais. Outro ponto é a criação de política estadual para acompanhar as famílias e um grupo para acompanhar o MAB. Essas duas medidas foram bem sinalizadas”, afirmou.
Por volta das 15h15, o grupo, que ocupava o hall de entrada da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, deixou o imóvel. Eles pretendem caminhar até a sede da Cemig passando pela Praça Sete. Os trechos onde os manifestantes irão passar devem ter trânsito lento.
Participam do protesto famílias afetadas pelas barragens da Fumaça, em Diogo de Vasconcelos, na Região Central, e de Emboque e Granada, entre Raul Soeres e Abre Campo, na Zona da Mata, além da mineração em Simonésia, na mesma região.