A Polícia Civil capturou quatro criminosos envolvidos em sequestros relâmpagos em Belo Horizonte e que tinham como alvo dois jogadores das categorias de base do América e do Atlético. De acordo com Adriano Assunção, titular da Delegacia de Investigação a Furtos e Roubos de Veículos, os suspeitos são jogadores de futebol amador e já atuaram com os dois atletas em partidas pela capital. Conhecendeo a rotina dos jogadores, o grupo planejou surpreendê-los.
O grupo que agia há cerca de um mês em BH era formado por Landerson César Mendonça Neris, 20 anos, Lucas Vieira Maciel, 20 anos, uma adolescente de 17 anos – namorada de Landerson –, e um menor de 16 anos. Os quatro agiram da mesma forma em três sequestros nos dia 16 de fevereiro, 12 e 15 de março. A polícia passou a investigar o bando e, na última ação, todos foram capturados.
Segundo o delegado Assunção, o grupo chegava em um Toyota Corolla, que é do pai de Landerson, para abordar as vítimas. Lucas e o menor rendiam as pessoas, enquanto Landerson e namorada aguardavam no carro. A vítima era levada para o Corolla, onde ficava sentada com a cabeça entre os joelhos até que os bandidos conseguissem sair para sacar dinheiro com os cartões. Conforme a polícia, com o dinheiro retirado em caixas eletrônicos, os criminosos compraram celulares, tênis e um relógio.
Próximas vítimas
Os policiais descobriram o plano de sequestrar os dois jogadores. Eles falavam sobre os atletas, se referindo a eles com palavrões e desejando os carros comprados pelos jogadores. Lucas, que é morador do Bairro Industrial, em Contagem, e Landerson, que mora no bairro Cabana do Pai Tomás, em BH, sabiam detalhes da rotina dos atletas e usariam as informações para cometer os crimes.
Na apresentação desta terça-feira, Landerson e Lucas afirmaram que roubavam apenas para comprar os objetivos de valor. Segundo o delegado, os suspeitos agiam armados e um revólver calibre 32 foi apreendido. A polícia agora vai apurar se eles estão envolvidos com outros crimes na capital. Os dois estão detidos no Ceresp Gameleira, autuados por roubo qualificado, formação de quadrilha e corrupção de menores. Os adolescentes também estão recolhidos, à disposição da Justiça. Os integrantes do grupo não têm antecedentes criminais.