Jornal Estado de Minas

Salão fecha no Alípio de Mello após onda de assaltos; comerciantes da região pedem socorro

Local foi assaltado três vezes desde dezembro. Funcionários não querem trabalhar com medo da criminalidade

Clientes encontram salão de beleza fechado desde o início da semana - Foto: Salão Socila / Divulgação
Um salão de beleza localizado na Avenida Abílio Machado, no Bairro Alípio de Melo, Região da Pampulha, fechou as portas devido aos constantes assaltos. Responsáveis pelo estabelecimento deixaram um recado na porta do comércio nesta semana, avisando aos clientes que a unidade não vai funcionar mais. Segundo o responsável pela rede em Belo Horizonte, Fernando Bernini, 30 anos, os funcionários do salão Socila estão com medo de trabalhar no local. "Ainda não voltamos para o salão, todos estamos muito assustados. Temos o objetivo de remanejá-los para outras unidades, mas é com muita tristeza que fechamos o local", disse.

Desde dezembro do ano passado, o salão da Avenida Abílio Machado foi assaltado três vezes. No último dia 8 de março, seis homens armados invadiram o local e roubaram celulares, dinheiro e bens dos funcionários e clientes. No último dia 14, local foi novamente alvo dos bandidos.
Dessa vez, os ladrões foram agressivos, pois não encontraram objetos valiosos. "Não sabemos ao certo os valores roubados, pois não foi um assalto ao caixa especificamente. Mas a forma como eles agiram foi muito violenta. Não conseguimos suportar essa freqüência de roubos, é inviável", disse Fernando.

Cartaz está colado na porta do salão e informa aos clientes que não haverá atendimento - Foto: Salão Socila / DivulgaçãoSegundo funcionários do salão, outros comerciantes do Bairro Alípio de Melo também pensam em mudar o local de trabalho, pois os casos de assalto e roubo são frequentes. A Polícia Militar informou que faz freqüentes buscas e rondas na região para controlar a onda de assaltos. De acordo com o tenente coronel Wanderley Wilson Amaro, comandante do 34° Batalhão, o policiamento feito no local é de rotina. "Temos homens espalhados pelo local, inclusive na Avenida Abílio Machado, que é a principal do bairro. Geralmente os envolvidos nesse tipo de crime são menores de idade e não ficam presos ou não sofrem punições e retornam para a criminalidade. O nosso trabalho fica muito dificultado dessa forma", esclareceu o tenente.

A PM informou ainda que continuará fazendo a cobertura dos bairros da região com o objetivo de reduzir ao máximo os crimes registrados. .