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Estado de Minas

Professor da UFMG acusado de assédio entra com ação contra Centro Acadêmico

O docente move um processo por danos morais contra o Centro Acadêmico de Ciências Sociais (CACS) que denunciou o caso em outubro de 2013. Audiência de conciliação terminou sem acordo


postado em 18/03/2014 17:43 / atualizado em 18/03/2014 18:02

O professor Francisco Coelho dos Santos, que foi acusado de praticar assédio moral e sexual contra estudantes da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), participou de uma audiência de conciliação na tarde desta terça-feira no Juizado Especial no Bairro Santa Efigênia, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O docente move uma ação por danos morais contra o Centro Acadêmico de Ciências Sociais (CACS) que denunciou o caso em outubro de 2013.

Na época, o professor que lecionava sociologia 2 foi afastado de suas funções. Ele foi acusado de desrespeitar alunos durante as aulas. O estopim ocorreu no dia 10 de outubro, quando uma jovem de 19 anos o questionou sobre o conteúdo da aula e ouviu a seguinte resposta, segundo ela: “Acho você uma mulher atraente e quero conversar com você na horizontal”. Depois do caso, alguns estudantes chegaram a pichar paredes do prédio da Fafich com palavras contra o docente.

Uma sindicância foi aberta para apurar os fatos. O resultado motivou o professor a entrar com a ação contra o CACS. “O Centro Acadêmico convocou a imprensa e disse que um professor da UFMG assediou um aluno. Isso foi uma montagem que logo foi desmascarada pela comissão de sindicância que terminou a investigação em dezembro”, explicou Santos.

Nesta terça-feira, ele participou de uma audiência de conciliação que terminou sem acordo. O professor afirmou que vem tendo problemas pessoais desde quando começaram as acusações. “É uma espécie de encosto que eu carrego para lá e para cá. Tive despesas com advogado, com limpeza do patrimônio público, pois as parede do meu gabinete e de gabinetes vizinhos foram pichadas. Também tem a convivência com esta coisa desagradável e desgastante”, disse.

Segundo a assessoria da UFMG, a comissão de sindicância concluiu as investigações no início do ano. O relatório com a conclusão, que não teve indicativo de absolvição e nem de condenação, foi enviado a Comissão de Ética da Faculdade de Filosofia e Ciência Humanas (Fafich) que tem até dia 11 de abril para dar um parecer.

 

O em.com.br entrou em contato com o  Centro Acadêmico de Ciências Sociais (CACS) que informou se manifestar através de nota. Até o fim desta reportagem, o documento ainda não havia sido enviado.


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