O primeiro dia do julgamento dos ex-policiais militares Jason Ferreira Paschoalino e Jonas David Rosa foi marcado pelas estratégias da defesa em desqualificar as testemunhas da acusação, sugerindo possíveis ligações dos depoentes com criminosos. Paschoalino e Rosa são acusados de matar Renilson Veriano da Silva, de 39 anos, e seu sobrinho Jéferson Coelho da Silva, de 17, no Aglomerado da Serra, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, em fevereiro de 2011.
A sessão do júri começou às 9h20 e, passadas mais de 12 horas, foram ouvidas três testemunhas de acusação e duas da defesa. A previsão inicial era de que 19 pessoas fossem ouvidas na condição de testemunhas. O primeiro depoimento foi do policial militar Denilson Veriano da Silva, pai de Jéferson e irmão de Renilson, que prestou depoimento na condição de informante.
Jason é defendido por Ércio Quaresma Firpe e Jonas tem como advogado Agnaldo José de Aquino Gomes. Durante os depoimentos de três testemunhas da acusação, o promotor Francisco Rogério Campos reforçou as acusações de que os policiais executaram Renilson e Jéferson, sem que ocorresse uma troca de tiros, como os acusados chegaram afirmar.
Já o advogado Ércio Quaresma, em sua linha de que seu cliente agiu em legítima defesa, durante uma operação policial, buscou desqualificar as testemunhas. A uma delas perguntou sobre uma possível intimidade com envolvidos em crimes.